"O que eu espero é que a substituição seja por uma pessoa com competência e com capacidade e que tudo o que se passou neste verão seja devidamente esclarecido, e o CDS no parlamento estará certamente muito empenhado nesse esclarecimento", defendeu Assunção Cristas em declarações aos jornalistas.
Para a líder centrista, "saindo agora o comandante nacional, não significa que o problema deixe de existir e que não deixe de ser prioritário apurar tudo o que se passou, até porque as pessoas têm de ser responsáveis e tem de se evitar erros destes para o futuro".
Assunção Cristas, que falava durante uma ação de pré-campanha autárquica enquanto candidata à Câmara de Lisboa, enfatizou que além do incêndio de Pedrogão Grande, no qual morreram pelo menos 64 pessoas, houve outros incêndios, nomeadamente no Fundão, Covilhã e Mação, sempre com queixas de "descoordenação" e "incompetência".
A demissão do comandante nacional de Proteção Civil, Rui Esteves, na quinta-feira, surgiu poucas horas depois de o ministro do Ensino Superior e o presidente do Politécnico de Castelo Branco terem pedido à Inspeção-Geral de Educação e Ciência a abertura de um inquérito à licenciatura do comandante da Autoridade Nacional da Proteção Civil.
A licenciatura de Rui Esteves em Proteção Civil pela Escola Superior Agrária do Instituto Politécnico de Castelo Branco foi concluída com 32 equivalências num total de 36 unidades curriculares que compõem o curso, segundo avançou o jornal Público e a RTP.
De acordo com a informação, as equivalências tiveram por base experiência profissional e cursos de formação.
Na semana passada, por determinação da ministra da Administração Interna, Constança Urbano de Sousa, a Inspeção-Geral da Administração Interna (IGAI) abriu um processo disciplinar a Rui Esteves, depois de ter sido noticiado a acumulação de funções públicas.
Rui Esteves estava em funções desde 03 de janeiro, data em que assumiu um mandato de três anos e em que substituiu José Manuel Moura. Rui Esteves exercia até então funções de comandante distrital de operações de socorro de Castelo Branco e Albino Tavares era comandante do Grupo de Intervenção Proteção e Socorro (GIPS) da GNR.
Comentários