Os trabalhadores dos CTT iniciaram a partir da meia-noite a segunda greve geral em dois meses, após dois dias de paralisação em dezembro, estando a decorrer uma manifestação em Lisboa, desde a praça do Marquês de Pombal até à residência oficial do primeiro-ministro, António Costa, em São Bento, local onde as estruturas representativas dos trabalhadores entregarão documentos a exigir a reversão da privatização da empresa.
De acordo com dados do secretário-geral do SNTCT - Sindicato Nacional dos Trabalhadores dos Correios e Telecomunicações, Victor Narciso, para esta concentração vieram 29 autocarros com cerca de 1.000 pessoas, estimando que estejam presentes na manifestação cerca de "2.000 pessoas", metade do que os sindicatos estavam a prever.
Do lado da polícia, estes apontam para a chegada de fora de 900 pessoas, que se juntaram a cerca de 600 em Lisboa, num total de 1.500.
A manifestação, que partiu do Marquês do Pombal segue agora na rua Braamcamp, com a presença de trabalhadores dos Correios de Portugal de várias zonas do país, desde o Amial, passando pela Areosa até ao norte do Alentejo, tal como constatou a Lusa no local, em direção a São Bento.
"Privatização é um roubo à população", "CTT público já" e não aos despedimentos nos CTT" são algumas das frases que constam nas faixas e cartazes empunhados pelos trabalhadores da empresa privatizada em 2013.
Enquanto percorrem a rua Braamcamp, os trabalhadores dos CTT vão gritando várias palavras de ordem, entre as quais "Lacerda escuta, os trabalhadores estão em luta".
Francisco de Lacerda é o presidente executivo dos CTT, empresa que apresentou um Plano de Transformação Operacional em dezembro, o qual prevê a redução de cerca de 800 trabalhadores na área das operações em três anos e a otimização da rede de lojas, através da conversão em postos de correio ou do fecho de lojas com pouca procura.
Entretanto, o secretário-geral da CGTP, Arménio Carlos, juntou-se aos manifestantes nesta ação de protesto.
Quanto à greve, O STNCT aponta para uma adesão de 68,13% às 13:30, contra os 16% apontados pelos CTT. As ações são organizadas pelo SNTCT, pelo Sindicato Democrático dos Trabalhadores das Comunicações e dos Media (SINDETELCO), pelo Sindicato Independente dos Correios de Portugal (SINCOR), pelo Sindicato Nacional Dos Trabalhadores Das Telecomunicações e Audiovisual (SINTAAV) e pela Comissão de Trabalhadores.
Comentários