1. O cultivo de bambu na América do Norte pode ajudar a reverter as alterações climáticas
Apesar de o bambu ser, por vezes, descrito como uma erva daninha invasora nos Estados Unidos da América, as florestas desta planta são excelentes sumidouros de carbono — absorvem o dobro do carbono das árvores "normais", embora possa na verdade ser até seis vezes mais.
Alguns ambientalistas, percebendo o impacte que estas plantas poderão ter na redução das emissões de carbono, argumentam que devem ser cultivadas em toda a América do Norte.
Para ler na íntegra em Inside Climate News
2. Pelo sexto ano consecutivo, eventos climáticos causam prejuízos de muitos milhões
Todos os anos, a Administração Oceânica e Atmosférica Nacional (NOAA) publica um relatório sobre "desastres climáticos e meteorológicos de biliões de dólares”, eventos como furacões e incêndios florestais que causam grandes prejuízos financeiros.
Em anos anteriores, ocorriam cerca de quatro tempestades deste género por anos nos Estados Unidos. Em 2020, foram 22. Este é o maior número já registado, totalizando 95 mil milhões de euros em danos.
O meteorologista da NBC Universal Al Roker relata que estes números devem-se à “mudança climática”.
Para ver na íntegra em NBC Universal
3. Impedir o projeto de oleoduto poluente é um "esforço conjunto"
Numa pequena cidade do Minnesota, nos Estados Unidos, moradores e ativistas protestam contra a construção de um oleoduto com o impacte esperado de 50 centrais elétricas a carvão.
Um relatório prático da ambientalista Winona LaDuke explica quanto o projeto irá afetar localmente a cidade e também afirma que os responsáveis estão numa corrida contra o tempo para concluir a obra, antes que “o resto do mundo se aperceba do que está a acontecer”.
“Parece uma ocupação [da cidade]”, escreve a ambientalista. “Com toda a violência que isso acarreta”.
Para ler na íntegra em The Nation
4. Cientistas desconfiam da meta de Biden para 2035
O controlo democrata do Senado não conquistará todas as metas climáticas da nova administração de Biden, mas de certo facilitará as coisas para a nova presidência, explica o jornalista Eric Roston.
Relativamente à intenção anunciada de Joe Biden em colocar os EUA numa transição para a energia limpa até 2035, os democratas podem considerar várias opções para estabelecer um padrão nacional, incluindo créditos de eletricidade limpa, regular a intensidade das emissões e bloquear empréstimos para projetos que não sejam verdes.
Para ler na íntegra em Bloomberg
Por cá: Universidade de Évora aposta em jardins sustentáveis contra as alterações climáticas
A Universidade de Évora (UÉ) está a criar jardins sustentáveis nos espaços verdes de localidades do distrito, com plantas autóctones, mais resistentes ao calor e à seca.
O projeto da UÉ está a ser desenvolvido em parceria com a Comunidade Intermunicipal do Alentejo Central (CIMAC) e é financiado no valor de quase 38 mil euros pelo Fundo Ambiental, estando inserido no Programa de Conservação da Natureza e da Biodiversidade, do Ministério do Ambiente.
Segundo a universidade, o projeto, designado “Plantas Nativas na Cidade – Repensar os espaços verdes urbanos”, tem como finalidade “impulsionar o uso de plantas autóctones nos espaços verdes de localidades do Alentejo Central”, mas “pode ser replicado em todo o território nacional”.
O sargaço (Cistus monspeliensis), a roselha-grande (Cistus albidus), o rosmaninho (Lavandula pedunculata), o pilriteiro (Crataegus monogyna) ou a gilbardeira (Ruscus aculeatus) são alguns exemplos de espécies nativas que a equipa de investigadores pretende usar em espaços verdes.
“A utilização de recursos vegetais próprios apresenta diversas vantagens e permite aumentar a resiliência e sustentabilidade dos nossos espaços verdes, o que é especialmente pertinente na realidade atual de intensificação das alterações climáticas”, realçou uma das responsáveis pelo projeto, Carla Pinto Cruz.
O objetivo é “melhorar o conhecimento e o estado de conservação do património natural e da biodiversidade da região e poder aplicar um modelo de desenvolvimento, gestão e valorização de territórios com um elevado capital natural”, disse a UÉ.
As matas, os jardins e outras estruturas ecológicas com funções paisagísticas urbanas “indispensáveis ao bem-estar e qualidade de vida das pessoas que habitam a cidade e respetivas zonas periurbanas” são alguns desses territórios.
O projeto de conservação e gestão do património natural já está a ser aplicado em Évora, mas as ações envolvem também os concelhos de Montemor-o-Novo, Estremoz, Mourão e Redondo.
O foco é a requalificação de diversos espaços verdes destes municípios, “atualmente dominados por espécies exóticas”, promovendo ações de sensibilização junto dos cidadãos e dos técnicos.
As principais intervenções do projeto incluem a seleção e promoção da produção de plantas nativas e a requalificação de espaços verdes urbanos através de plantas com valor estético, ecológico e interesse paisagístico.
“Esta iniciativa possibilitará a conservação de espécies e habitats protegidos, através de um aumento da biodiversidade nativa, que permitirá não só reduzir o consumo de água e utilização de fitofármacos, como potenciará a sustentabilidade e resiliência destes espaços face às alterações climáticas iminentes”, destacou a UÉ.
Além disso, prevê-se uma melhoria na gestão económica em consonância com as políticas ambientais nacionais estabelecidas com a União Europeia.
Edição e seleção por Larissa Silva
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