"Respeito muito o presidente da República, respeito a opinião dele. Não concordo, mas respeito", afirmou o presidente da Conferência Episcopal Portuguesa em declarações à RTP.

“Se alguém ler com a atenção o comunicado que a gente fez, que significa um traçar de rumos, que é aquilo que era preciso na primeira reunião, dizer que a Igreja não assume responsabilidades, não. Está lá escrito claramente e é isso que estamos a fazer”, assegurou o presidente da CEP.

A Igreja não pretende “encobrir nada”, disse ainda o bispo, ao salientar que, no caso de uma pessoa suspeita, “com identificação clara e sem que isso signifique já uma condenação, deve ser retirada do serviço que se faz”.

“Para identificar as pessoas e para identificar aquilo que são suspeitas, é preciso ter algum dado com solidez, se não vamos fazer caça às bruxas”, alertou, admitindo que a identificação de alguns dos suspeitos está a ser difícil em algumas dioceses.

Em entrevista à RTP e ao Público, divulgada na quinta-feira à noite, o presidente da República defendeu que a Igreja deveria tomar medidas preventivas para evitar novos abusos sexuais nos casos em que já haviam sido identificados suspeitos e manifestou-se desiludido com a Conferência Episcopal.

Este sábado, Marcelo defendeu que devem ser tomadas medidas cautelares nos casos de abusos sexuais na Igreja Católica e que isso inclui “afastar do exercício de funções ou de responsabilidades pastorais quem deve ser afastado”.

“Entendo que é uma questão tão óbvia, tão óbvia, tão óbvia de prevenção e tomada de medidas cautelares para acautelar possíveis novas vítimas e acautelar os próprios eventualmente envolvidos, que penso que uma reflexão atenta levará a que se faça aquilo que num primeiro momento, a meu ver incompreensivelmente, não se fez”, disse.

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