“As afirmações de Ban Ki-moon hoje, sobre a Síria, estão muito afastadas das disposições da carta da ONU, que devem ser respeitadas por quem ocupa o cargo de secretário-geral”, defendeu o ministério sírio em comunicado citado pela agência oficial Sana.
“Durante o mandato de Ban Ki-moon, as Nações Unidas afastaram-se do seu papel de procurar soluções para os problemas internacionais e não conseguiram resolver qualquer conflito”, lê-se no texto.
Algumas horas antes, na sessão anual da Assembleia-Geral da ONU, Ban Ki-moon tinha criticado os múltiplos protagonistas que “alimentam a máquina da guerra” na Síria.
“Muitos grupos mataram civis inocentes mas nenhum matou tantos como o Governo sírio, que continua a utilizar barris de explosivos em áreas residenciais e a torturar sistematicamente prisioneiros”, declarou.
A ONU anunciou hoje a interrupção das suas operações de encaminhamento de ajuda humanitária por camiões na Síria, um dia depois de ataques aéreos às suas colunas, que custaram a vida a 20 civis e um responsável do Crescente Vermelho sírio.
Ban Ki-moon classificou o ataque como “repugnante, selvagem e aparentemente deliberado”, apesar de a ONU não ter dito de onde provinham os aviões bombardeiros.
A oposição síria apontou o dedo ao regime sírio e à sua aliada Rússia, mas Damasco e Moscovo negaram veementemente.
O conflito sírio é a guerra com mais mortos atualmente em todo o mundo: fez mais de 300.000 mortos e obrigou à fuga de milhões de sírios.
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