"Daqui a 32 feminicídios será Natal", "Rompamos o Silêncio, Não as Mulheres" ou "Pátria Indiferente a Mulheres Assassinadas" eram alguns dos cartazes que os manifestantes levavam nas manifestações que decorreram hoje em várias cidades francesas, segundo a agência de notícias AFP.
As manifestações em França surgem na antevéspera do final do prazo para uma vasta consulta pública sobre este tema, lançada no início de setembro para sensibilizar a população, e esperando-se a apresentação, pelo primeiro-ministro francês, Édouard Philippe, de cerca de 40 medidas de combate à violência doméstica.
Desde o início do ano, os dados contabilizados pela AFP apontam para 116 mulheres mortas pelos seus cônjuges ou antigos companheiros, abaixo do número alcançado por alguns grupos de defesa dos direitos das mulheres, que apontam para 137 mulheres mortas em contexto conjugal desde janeiro.
No ano passado, o número oficial de mulheres mortas foi de 121, segundo o Ministério do Interior francês.
Em novembro do ano passado, quase 50 mil pessoas reuniram-se em vários pontos do país, numa iniciativa, similar à de hoje, incluindo 30 mil em Paris, segundo os organizadores, ou 12 mil, segundo a polícia.
Ainda não há dados oficiais nem estimativas sobre a participação nas manifestações deste ano, mas uma das organizadoras, Caroline De Haas, disse esperar "números históricos devido ao nível de consciência sobre esta questão".
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