Nascimento e guerras
Três anos depois do fim da Segunda Guerra Mundial, quando aconteceu o extermínio de mais de seis milhões de judeus por parte dos nazis, o Estado de Israel é criado a 14 de maio de 1948 sobre uma parte do território da Palestina, que desde 1920 estava sob mandato britânico.
No dia seguinte ao da sua criação, eclode a primeira guerra árabe-israelita, vencida pelo novo Estado em 1949. Mais de 760.000 palestinos são forçados a ir embora, refugiando-se em países árabes.
A 25 de outubro de 1956, três meses depois da nacionalização do canal de Suez pelo Egito, começa a segunda guerra árabe-israelita.
Israel recebe o apoio do Reino Unido e da França, que bombardeiam o Egito a 31 de outubro.
Pressionados pela ONU, União Soviética, Estados Unidos e Israel retiram-se do Sinai. A França e o Reino Unido encerram a sua operação.
O serviço secreto israelita, Mossad, localiza e prende na Argentina o criminoso de guerra nazi Adolf Eichmann. É levado para Israel, onde é julgado e executado em 1961.
A 5 de junho de 1967 tem início a terceira guerra árabe-israelita, conhecida como a guerra dos Seis Dias. Israel ocupa o Sinai, a Faixa de Gaza, a Cisjordânia, Jerusalém Oriental e as colinas de Golã.
A 6 de outubro de 1973, o Egito e a Síria voltam a atacar Israel na guerra do Yom Kipur, também conhecida como guerra árabe-israelita.
A Paz com o Egito
A 17 de setembro de 1978, o primeiro-ministro israelita Menahem Begin e o presidente egípcio Anuar el Sadat assinam em Washington os acordos de Camp David, que precedem a assinatura, seis meses depois, em 1979, do tratado de paz israelita-egípcio, o primeiro entre Israel e um país árabe. Dois anos depois, em 1981, Sadat é assassinado num desfile militar no Cairo.
A Jordânia assina um acordo de paz com Israel em 1994.
Invasão do Líbano
A 6 de junho de 1982, o exército israelita invade o Líbano (operação "Paz na Galileia") e expulsa de Beirute a Organização para a Libertação da Palestina (OLP), de Yasser Arafat. As tropas israelitas ocuparam o sul do país até à sua retirada em 2000. Em 2006 lançaram outra ofensiva contra o Líbano em resposta a um ataque do movimento Hezbollah no seu território.
Acordos e Intifadas
Em dezembro de 1987, os palestinianos dos territórios ocupados, Cisjordânia e Gaza, rebelam-se e começa a primeira Intifada.
No começo dos anos 1990, cerca de um milhão de judeus da ex-União Soviética emigram para Israel.
A 13 de setembro de 1993, Israel e a OLP assinam em Washington uma "declaração de princípios" para estabelecer uma autonomia palestina transitória de cinco anos. É o primeiro acordo de paz entre Israel e os palestinianos selado pelo histórico aperto de mãos entre Yasser Arafat e o primeiro-ministro israelita Yitzhak Rabin, assassinado em 1995.
Em setembro de 2000 eclode a segunda Intifada, no meio de negociações israelitas-palestinianas em Camp David, nos Estados Unidos.
O exército israelita ocupa novamente as principais cidades autónomas da Cisjordânia e lança em março de 2002 a maior ofensiva na área desde 1967. Israel levanta um muro de separação com a Cisjordânia para impedir a entrada de combatentes suicidas palestinianos.
Em setembro de 2005, Israel retira-se da Faixa de Gaza e impõe um bloqueio sobre o território depois de o movimento Hamas ter tomado o controlo do enclave palestino.
Guerras em Gaza
A 8 de julho de 2014, Israel lança uma operação contra a Faixa de Gaza para impedir os disparos de foguetes e destrói os túneis subterrâneos vindos do enclave palestiniano.
Esta guerra, a mais longa e mais devastadora das três operações no enclave desde 2008, deixou 2.251 mortos do lado palestiniano, na maioria civis, e 74 mortos israelitas, quase todos soldados.
O governo mais à direita
Em março de 2015, Benjamin Netanyahu, à frente do governo desde 2009, vence as eleições legislativas e forma uma coligação com os partidos nacionalistas Lar Judeu e Israel Beiteinu.
O país conhece o governo mais à direita da sua história.
A 20 de junho de 2017, Israel inicia a construção de uma nova colónia na Cisjordânia, a primeira em 25 anos.
Embaixada dos EUA em Jerusalém
A 6 de dezembro de 2017, o presidente americano Donald Trump reconhece Jerusalém como capital de Israel, gerando indignação dos palestinianos e críticas da comunidade internacional. Netanyahu saúda a decisão como "um dia histórico".
Em janeiro de 2018, Washington anuncia que a sua embaixada será transferida de Tel Aviv para Jerusalém em maio, para coincidir com o 70º aniversário da criação de Israel. As celebrações têm hoje lugar.
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