Numa entrevista à rádio RMC e televisão BFMTV, Le Pen justificou o ambiente “severo” por ser a primeira vez que ocorre um debate entre candidatos finalistas ao Eliseu que estão “em desacordo sobre tudo”.
“Foi isso que moveu a norma”, assinalou, antes de explicar que a sua atitude de ataque constante tinha um objetivo: “Levantar o véu sobre quem é Macron, de onde vem e quais os interesses que defende”.
“Não quero que o povo francês durma, quero despertá-lo”, afirmou a líder da extrema-direita, esforçando-se por lembrar que o seu rival tinha formado parte do atual governo socialista de François Hollande.
Questionada sobre as suas insinuações de que Macron poderia ter uma conta escondida nas Bahamas, Le Pen reconheceu que não tem provas, mas indicou que o candidato centrista ganhou três milhões de euros enquanto trabalhou no setor privado como banqueiro de negócios, mas agora declarou um património muito reduzido.
Por isso, Le Pen considerou que “as respostas que [Macron] deu não são satisfatórias”.
O candidato centrista pró-europeu negou hoje que tenha tido ou tenha uma conta nas Bahamas ou em qualquer outro paraíso fiscal.
Violentos ataques marcaram na quarta-feira à noite o último debate televisivo entre os dois candidatos à segunda volta das eleições presidenciais francesas, Marine Le Pen, da extrema-direita, e o centrista pró-europeu Emmanuel Macron, a quatro dias do escrutínio.
Após dez dias de uma campanha agressiva entre as duas voltas das presidenciais, Emmanuel Macron, que obteve o melhor resultado na primeira volta, é ainda apontado pelas sondagens como o vencedor a 07 de maio, com cerca de 60% das intenções de voto, mas a margem de avanço em relação a Le Pen está a diminuir.
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