Numa intervenção de cerca de dez minutos na reta final do debate na generalidade sobre o Orçamento, Pedro Marques abordou áreas como fundos comunitários ou transportes, mas foi também muito crítico para com a oposição, nomeadamente o PSD.

Os sociais-democratas, acusou o ministro, tinham para o país um "cardápio de malvadez preparado, mas nunca explicado", em torno de "cortes de 600 milhões de euros em pensões", e deixaram uma "herança pesadíssima no sistema financeiro empurrada para debaixo do tapete por razões eleitorais".

"Esperamos sinceramente que o PSD seja mais produtivo" no debate na especialidade, continuou o governante.

Sobre a proposta de Orçamento, Pedro Marques define-a como um "pilar da estratégia reformista deste Governo", e frisou que "o tempo não demora" e por isso há "urgência na implementação de reformas".

O Governo, adiantou ainda o ministro do Planeamento e das Infraestruturas, irá procurar aplicar medidas de valorização do território, melhoramento da ferrovia, atração de empresas para o interior e continuará o "esforço de modernização do Estado".

"No OE de 2017 regressamos ao investimento público e de uma forma significativa", disse, já no período de resposta a perguntas de vários deputados que se seguiu à intervenção do governante.

Luís Leite Ramos, do PSD, dirigiu-se a Pedro Marques e disse: "Bem pode pintar a manta que não muda a essência do Orçamento, que é um Orçamento sem ambição, sem estratégia e sem rumo".

O ministro seguiu na sua ideia de que o PSD apresentou-se "sem rumo e sem estratégia" no debate orçamental na generalidade, que acaba esta tarde.