“A vida humana é realmente inviolável. Está na constituição. Não precisa nem deve ser referendada”, sustentou D. Manuel Clemente após uma sessão académica que assinalou o início das celebrações dos 50 anos da Universidade Católica Portuguesa.
Um debate sobre a eutanásia “não devia fazer sentido” e um referendo “não é uma hipótese para olhar desde já”, afirmou citado pela Agência Ecclesia.
“Temos de olhar desde já o reforço das convicções, seja no Parlamento seja na sociedade portuguesa”, afirmou D. Manuel Clemente, acrescentando que um debate sobre a despenalização da eutanásia “não devia fazer sentido numa sociedade que politicamente se rege por uma constituição que, no artigo 24 diz taxativamente ‘a vida humana é inviolável’”.
“A vida humana é realmente inviolável. Está na constituição. Não precisa nem deve ser referendada”, sustentou.
Na quarta-feira a Assembleia da República discutiu uma petição pela despenalização da morte assistida (“Direito a morrer com dignidade”), marcada pela disponibilidade para o debate do PSD, PS e PCP, que não têm posições definidas, sendo a recusa liminar apenas enunciadas pelo CDS.
O partido ecologista “Os Verdes” anunciou no mesmo dia que apresentará um projeto de lei sobre a morte assistida, que se juntará a iniciativas semelhantes do Bloco de Esquerda e do PAN - Pessoas, Animais, Natureza.
Com o tema na ordem do dia há movimentos cívicos e petições contra e a favor. Na semana passada a Federação Portuguesa pela Vida já entregou no Parlamento uma petição contra a eutanásia com o título “Toda a vida tem dignidade”.
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