"Adoro o Presidente e só lhe desejo o melhor", escreveu John Dowd num correio eletrónico enviado hoje à Associated Press, no qual confirma que se afastou da equipa que defende Trump na investigação do procurador especial Robert Mueller.
Mueller está a investigar a alegada interferência da Rússia nas eleições presidenciais de novembro de 2016, que Trump ganhou, bem como o alegado conluio com elementos da campanha presidencial do candidato republicano.
A saída de Dowd acontece três dias depois de a equipa de advogados de Trump ter contratado um novo elemento: o antigo procurador Joseph diGenova, que recentemente acusou na televisão os responsáveis do FBI de se terem envolvido num "plano ousado" para exonerar Hillary Clinton, na investigação aos seus correios eletrónicos, e para "tramar" Trump por crimes que não existiram.
A investigação de Mueller entrou numa fase delicada, uma vez que os defensores de Trump têm vindo a negociar com o procurador especial o alcance e as condições de uma conversa com o próprio Presidente.
Trump disse aos jornalistas que está ansioso por conversar com Mueller, mas Dowd estava bastante mais apreensivo quanto a essa possibilidade, adiantou a AP, acrescentando que os seus advogados não se comprometeram publicamente com a possibilidade de o Presidente vir a ser interrogado.
No fim de semana, Dowd emitiu um comunicado no qual apelava ao fim da investigação do procurador especial. A Casa Branca e o próprio Dowd tiveram de esclarecer essa declaração, afirmando que a equipa jurídica do Presidente não estava a pedir a demissão de Mueller.
Esta é a segunda grande mudança na equipa jurídica de Trump no último ano. Dowd assumiu o cargo deixado vago no último verão pelo procurador de Nova Iorque, Marc Kasowitz, há muito um dos elementos próximos de Trump.
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