Em declarações à Lusa, o subcomissário Eduardo Alexandre, da Divisão de Investigação Criminal de Matosinhos, explicou que o Gabinete de Apoio à Vítima recebeu uma denúncia, que imediatamente foi considerada de “risco médio”, associada, no caso em concreto, a arma de fogo, “tendo-se iniciado de imediato a investigação, inquirindo a vítima e testemunhas”.
“Isso [arma de fogo] imediatamente alertou-nos e, em coordenação com o Ministério Público, entendemos como necessário a emissão de mandados de busca e detenção. Hoje, durante a manhã, esses mandados de busca e detenção foram executados e, para nossa surpresa, acabámos por ter um êxito significativo”, disse o responsável pela operação.
Esclareceu que “não só” se conseguiu “proteger a vítima e fazer cessar a ameaça”, mas também detetaram que “o próprio arguido tinha na sua posse, além da arma de fogo, cerca de 2,8 quilos de cocaína (suficiente para cerca de 15 mil doses individuais), num estado de pureza muito elevado", e também 300 gramas de haxixe, 150 gramas de ecstasy, diversas munições de outros calibres e todas as ferramentas necessárias ao corte e processamento da droga.
Foram ainda apreendidos 4.500 euros na residência do visado, “algo que demonstra com indícios bastante fortes que será necessário uma investigação posterior sobre o crime de tráfico de droga e de violência doméstica”.
O subcomissário Eduardo Alexandre disse ainda à Lusa que o detido era “primário”, o que, em seu entender, “mostra o quão necessário é ter uma atenção e uma alavancagem particular, relativamente aos crimes de violência doméstica”.
"Muitas vezes, não só estamos perante situações de evidência, em que é necessário proteger a vítima, mas ao mesmo tempo surgem outros crimes conexos”, afirmou.
Neste caso, “fomos surpreendidos, foi um êxito, tínhamos ideia de que pelo menos a arma de fogo não estivesse sozinha, mas uma coisa é a suspeita outra é o resultado. Evidentemente, tivemos muito êxito”, referiu.
Eduardo Alexandre disse que a operação foi desenvolvida na zona da Maia, mas “por uma questão de proteção da vítima, não adiantou pormenores sobre o local exato, nem dados sobre o alegado agressor e traficante de droga.
A esquadra de Investigação Criminal de Matosinhos investiga toda a zona Norte, no âmbito daquilo que são os crimes de violência doméstica.
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