De acordo com essas fontes, entre os últimos detidos estão os monsenhores Silvio Fonseca, vigário da família da Arquidiocese de Manágua; Miguel Mántica, da igreja de São Francisco, também na capital; e Marcos Díaz, da diocese de León (noroeste).

Também foram detidos os sacerdotes Gerardo Rodríguez, Mykel Monterrey e Raúl Zamora, que prestam serviços religiosos em igrejas de Manágua, noticiaram veículos de imprensa nicaraguenses editados na Costa Rica.

Estas detenções somam-se às do bispo Isidoro Mora e de dois seminaristas em 20 de dezembro, às quais se seguiram, na última semana, as do vigário-geral de Manágua, Carlos Avilés, e dos sacerdotes Héctor Treminio, Fernando Calero e Pablo Villafranca.

Onze dos detidos constam de uma lista entregue à AFP pela advogada Martha Molina, especialista em temas da Igreja nicaraguense, exilada nos Estados Unidos.

O jornal La Prensa noticiou que entre os detidos está o sacerdote Jader Hernández, pároco de uma igreja de Manágua.

Na rede social X (antigo Twitter), a ativista de direitos humanos nicaraguense Bianca Jagger pediu o apoio do Papa Francisco para os sacerdotes diante da "perseguição implacável" e a "caçada feroz" contra a Igreja na Nicarágua. "Não os abandone, estão em perigo e necessitam. SOS", escreveu.

Nem o governo nem a polícia da Nicarágua se manifestaram sobre as denúncias até ao momento.

Na quarta-feira passada, a vice-presidente e primeira-dama, Rosario Murillo, chamou de "diabos" os religiosos que, segundo ela, semeiam o "ódio" no país.