Theresa May publicou textos no jornal irlandês, Irish Times, no polaco Rzeczpospolita, no diário italiano La Republica, no periódico francês Le Parisien e no alemão Frankfurter Allgemeine Zeitung afirmando que “o Reino Unido sai da União Europeia” mas que os britânicos continuam na Europa.
“Quero assegurar-vos que esta decisão [‘brexit’] não significa uma rejeição de valores que partilhamos com os europeus”, escreve May que recorre aos mesmos argumentos apresentados, na quarta-feira, na mensagem oficial de Londres dirigida ao presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk.
“Não se trata de provocar danos à União Europeia”, diz Theresa May, referindo-se ao ‘brexit’, acrescentando que, “pelo contrário”, o Reino Unido “quer uma União Europeia bem-sucedida e próspera”.
“Nós queremos manter-nos como parceiros e aliados sólidos da França e de todos os nossos amigos continentais”, indica a chefe do Executivo no jornal francês Le Parisie.
No jornal Frankfurter Allgemeine Zeitung, May sublinha a forma como a Alemanha e a Grã-Bretanha se têm afirmado internacionalmente, em especial sobre a “integridade territorial da Ucrânia” ou na ajuda aos refugiados da guerra da Síria.
No italiano La Republica, a chefe do Executivo britânica sublinha as relações entre os dois países recordando “600 mil italianos vivem no Reino Unido”.
No texto publicado em Itália, May acrescenta a colaboração entre Londres e Roma na luta contra o grupo radical Estado Islâmico e a intervenção na crise migratória no Mediterrâneo.
O texto insiste também nas relações económicas bilaterais privilegiadas recordando, por exemplo, que 400 mil britânicos trabalham em empresas alemãs e 250 mil alemães são empregados de companhias do Reino Unido.
Na versão francesa da mensagem, a governante diz que eventuais barreiras comerciais são contrárias aos interesses comuns entre Londres e os 27 países da união.
No texto comum publicado nos sete jornais, Theresa May afirma que está empenhada em garantir, “o mais rápido possível”, os direitos dos cidadãos da União Europeia que residem no Reino Unido, assim como os direitos dos britânicos que residem nos países europeus.
Na quarta-feira, nove meses após o referendo que deu a vitória ao brexit, a primeira-ministra britânica ativou o artigo 50 do Tratado de Lisboa, o que significa que o Reino Unido se prepara para abandonar a União Europeia em 2019.
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