“Estima-se que o sistema de pagamentos ‘contactless’ [com cartão bancário sem contacto, ‘smartphone’ ou ‘smartwatch’] possa ser alargado, iniciando a segunda fase, até ao final do 1.º trimestre de 2024”, disse hoje à Lusa fonte oficial dos Transportes Intermodais do Porto (TIP), o agrupamento complementar de empresas que gere o sistema Andante.
A mesma fonte disse à Lusa, que tinha questionado se a implementação do sistema obedeceria a algum concurso público, que “o sistema de pagamentos ‘contactless’ foi concebido e contratado com três fases distintas, iniciando-se no piloto atualmente no terreno – Fase 1”, que compreende os serviços já implementados na linha do Aeroporto do Metro do Porto e na linha 500 da Sociedade de Transportes Coletivos do Porto (STCP).
À fase 1 seguir-se-á “a expansão à totalidade dos operadores, assim que estiverem disponíveis os novos validadores – fase 2”, culminando-se com a “implementação de paradigmas de ‘smart ticketing’ – fase 3”.
“Devido aos atrasos de fornecimento, motivados pelo rescaldo da situação provocada pela covid-19, está a decorrer agora a preparação (certificação de equipamentos) do arranque da fase 2”, disse a mesma fonte.
No dia 28 de junho, o Metropolitano de Lisboa anunciou a implementação do sistema de pagamento ‘contactless’ em toda a rede, para utilizadores ocasionais.
Segundo os Transportes Intermodais do Porto, “desde o lançamento do projeto-piloto, em junho de 2021, está previsto o alargamento da solução à generalidade da rede, e dos operadores, sendo que o lançamento de uma nova fase aguarda a conclusão dos processos de aquisição de novos validadores por parte, fundamentalmente, do Metro do Porto, STCP e CP”, as empresas acionistas do TIP.
Assim, “as datas de implementação dependem da evolução/modernização dos sistemas de bilhética dos operadores”, ocorrendo o alargamento a toda a rede Andante “à velocidade dessa evolução/modernização”.
Em termos técnicos, “a implementação depende fundamentalmente da instalação de validadores (equipamentos de validação adquiridos pelos operadores) de última geração (cEMV ready – Níveis 1 e 2), já prevista nos processos de evolução dos sistemas de bilhética dos operadores da AMP”.
“O sistema de pagamento ‘contactless’ é da responsabilidade do TIP, em colaboração com os operadores da AMP”, podendo apenas ser expandido “a toda a rede depois de instalados os novos validadores, esses sim, da sua própria responsabilidade”.
Questionada sobre se além da Metro do Porto, STCP e CP os pagamentos ‘contactless’ poderão ser incluídos na nova rede metropolitana de autocarros UNIR, cujo arranque está previsto para outubro, fonte do TIP refere que “está a avaliar cenários para esta implementação, com a AMP e operadores da futura rede UNIR”
“Qualquer produto de bilhética lançado na AMP pelo TIP destina-se sempre a englobar todos os operadores aderentes ao Sistema Intermodal Andante”, refere o agrupamento liderado por Manuel Paulo Teixeira.
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