Ao abrigo de uma nova metodologia de análise, o novo relatório da UNISDR avaliou os dados relativos a 204 países e territórios e concluiu que o número de pessoas deslocadas a nível mundial vai continuar a aumentar, nomeadamente nos países mais vulneráveis, caso não existam progressos significativos nas áreas da prevenção e da gestão de riscos.
O estudo da agência das Nações Unidas, que exclui as secas e o aumento do nível do mar por serem fenómenos naturais de progressão lenta, apontou as inundações, cuja frequência está a aumentar a nível mundial, como o desastre natural que provoca mais deslocados.
Apesar da relação estabelecida entre fenómenos naturais avassaladores e o deslocamento forçado de populações, o responsável do estudo, Justin Ginnetti, realçou que estas movimentações em massa estão igualmente ligadas à falta de governabilidade, à pobreza, à degradação dos ecossistemas e a um desenvolvimento urbano caótico.
Vários furacões e ciclones deixaram nos últimos meses um rasto de morte e de destruição nas Caraíbas e nos Estados Unidos. Também foi atingido um recorde de inundações em países como a Índia, Nepal e Bangladesh.
Oito dos dez países com o maior número de deslocados ou de pessoas que ficaram desalojadas por causa de desastres naturais estão localizados no sul e no sudeste da Ásia.
De acordo com os números apresentados pela UNISDR, a Índia regista 2,3 milhões de deslocados, seguida da China (1,3 milhões) e do Bangladesh (1,2 milhões).
Esta lista de dez países também é composta pelo Vietname (um milhão), Filipinas (720 mil), Birmânia (570 mil), Paquistão (460 mil), Indonésia (380 mil), Rússia (250 mil) e Estados Unidos (230 mil).
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