“Não vale a pena meter dinheiro fresco em cima de uma empresa que neste momento não tem salvação”, afirmava o ministro da Economia sobre a Dielmar, a 2 de agosto.

No entanto, segundo o Público, desde então, a fábrica recebeu mais 320 mil euros do Estado, sendo que durante esse tempo não produziu uma única peça, uma vez que não reabriu desde o pedido de declaração de insolvência. As lojas “manifestamente deficitárias” foram encerradas e os respetivos trabalhadores despedidos, refere ainda a publicação.

Os credores reúnem-se, esta quarta-feira, no Juízo de Comércio do Fundão, para decidir se liquidam a empresa – o que implica despedir mais 242 pessoas – ou se será dado mais tempo para procurar um novo investidor.

Devido ao impasse, o Estado viu-se “obrigado” a entrar com mais dinheiro na empresa, que, segundo o relatório do administrador de insolvência, não tem contas de 2020 aprovadas e certificadas e cuja Deloitte expressou reservas em relação às contas de 2017, 2018 e 2019.

Depois de ter ajudado com mais oito milhões ao longo dos anos, o mais recente apoio do Estado de 320 mil euros chegou por duas vias – cerca de 140 mil euros da Segurança Social (SS), a título do Apoio à Retoma, para cobrir 75% dos salários de agosto e setembro; e ainda cerca de 171 mil euros, através de um empréstimo do Banco de Fomento, serviram para os restantes 25% de salários (cerca de 25 mil euros por mês) e contribuições sociais (cerca de 60 mil euros por mês).

Caso a venda não se concretize, ou o Estado não injete mais capital para salvar a empresa, muito importante naquele concelho do interior, os salários de outubro ficarão em risco, tal como a sobrevivência da empresa.

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