Uma porta-voz da comuna de Baiona, no país basco francês, disse hoje à agência EFE que parte das detenções tiveram origem em confrontos com a polícia durante uma manifestação que não havia sido solicitada.
Os manifestantes esconderam os seus rostos e recusaram-se a dispersar, apesar dos avisos da polícia, disse a porta-voz.
Além disso, houve outros incidentes quando um grupo de pessoas entrou na autoestrada A63, que leva à fronteira espanhola. Os polícias feridos foram atingidos por tiros de morteiros caseiros.
Hoje, às 11:30 horas locais (9:30 GMT), 10:30 em Lisboa, poucas horas após o início oficial da cimeira do G7 em Biarritz, milhares de pessoas começaram uma manifestação autorizada no porto de Hendaia, com fim previsto em Irún, no País Basco, no lado espanhol da fronteira.
O protesto, convocado pela plataforma G7 Ez e a francesa Alternatives G, levava à frente uma faixa com o lema “Não ao G7, construindo outro mundo a partir do País Basco”, escrito em castelhano, francês e euskera (língua basca).
No final da marcha, um manifesto será tornado público.
As forças francesas da ordem organizaram um dispositivo de segurança para a cimeira do G7, composto de 13.200 polícias e gendarmes.
As divergências em relação ao Irão, ao ‘Brexit’, aos fogos na Amazónia e ao comércio mundial deverão marcar a cimeira das grandes potências industriais (G7).
O Presidente de França, Emmanuel Macron, recebe naquela estância balnear do sudoeste do país, os dirigentes dos Estados Unidos, Donald Trump, Reino Unido, Boris Johnson, Alemanha, Angela Merkel, Itália, Giuseppe Conte, Canadá, Justin Trudeau, e Japão, Shinzo Abe.
Em Biarritz vão também estar o presidente do Conselho da União Europeia (UE), Donald Tusk, e vários chefes de Estado e de Governo convidados pela Presidência francesa, entre os quais o indiano Narendra Modi, o egípcio Abdel Fattah al-Sisi, o chileno Sebastian Piñera, o ruandês Paul Kagame ou o senegalês Macky Sall.
Os fogos florestais que estão a devastar a Amazónia impuseram-se à última hora na agenda, já de si ampla, com Macron a evocar uma “crise internacional” e a pedir aos países industrializados do G7 “para falarem desta emergência” na cimeira.
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