O jovem também feriu várias pessoas, incluindo outro agente da polícia.

Os primeiros tiros soaram ao final da tarde (noite em Lisboa), num percurso pedestre da cidade de quase 500 mil habitantes, a capital da Carolina do Norte.

Um grande contingente das forças de segurança foi destacado para encontrar o atirador, noticiou a imprensa local.

“Vi-o a passar pela minha casa no quintal. Ele tinha uma caçadeira de cano longo e estava vestido de camuflado”, disse uma testemunha à estação local WRAL.

Numa conferência de imprensa, a presidente da câmara, Mary-Ann Baldwin lamentou um “dia triste e trágico” para a comunidade.

“O suspeito foi levado sob custódia”, escreveu pouco depois a polícia, na rede social Twitter.

Os Estados Unidos são palco de frequentes tiroteios.

Face a este flagelo, “temos de fazer mais”, afirmou a presidente da câmara da capital da Carolina do Norte. “Temos de pôr fim a esta violência gratuita na América. Devemos reagir à violência armada. A nossa tarefa é imensa. E esta noite o nosso pesar é imenso”, acrescentou.

Cerca de 49 mil pessoas morreram baleadas nos Estados Unidos em 2021, contra 45 mil em 2020, o que já era um ano recorde. São mais de 130 mortes por dia, mais de metade das quais suicídios.

Contudo, são os tiroteios em massa que mais se destacam, ao mesmo tempo que ilustram a divisão ideológica entre conservadores e progressistas sobre como evitar tais tragédias.

A história norte-americana recente está repleta deste tipo de mortes, das empresas às igrejas, dos supermercados às discotecas, das ruas aos transportes públicos.

Um massacre numa escola secundária em Parkland, Florida, a 14 de fevereiro de 2018, desencadeou um movimento nacional, liderado por jovens, para exigir uma regulamentação mais rigorosa das armas individuais nos Estados Unidos.

Contudo, apesar da mobilização de mais de um milhão de manifestantes, o Congresso dos EUA não adotou qualquer legislação mais ambiciosa, com muitas críticas a visarem os congressistas que estão sob a influência da poderosa Associação Nacional de Armas (NRA, na sigla em inglês).

A possibilidade de ter uma arma de fogo é considerada por milhões de norte-americanos como um direito constitucional fundamental. Os únicos avanços legislativos recentes têm sido considerados marginais, tais como a generalização de verificações de antecedentes criminais e psiquiátricos antes de qualquer aquisição de armas.