Escreve o brasileiro Estadão que esta terça-feira, 29 de janeiro, foram levados a cabo cinco mandados de prisão e outros de detenção e buscas contra engenheiros que atestaram a segurança da barragem que colapsou na passada sexta-feira, causando uma avalanche de lama e resíduos minerais.
Dois engenheiros foram detidos em São Paulo, sendo eles Makoto Namba e André Yum Yassuda. As ordens de prisão são temporárias, têm uma validade de 30 dias. A estes juntam-se três funcionários da Vale detidos em Minas Gerais, acrescenta o Globo.
A par das detenções, foram cumpridas buscas em sedes de empresas e residências em Nova Lima, Minas Gerais e em São Paulo.
A operação — que tem como objetivo apurar responsabilidades criminais pela rutura da barragem — foi conduzida pela Polícia Federal, o Ministério Público Federal, os Ministérios Públicos Estaduais de Minas Gerais e São Paulo e as Polícias Civil e Militar de Minas. Em São Paulo, as ações de busca e detenção estão a ser levadas a cabo pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado e pelo Departamento de Capturas (Decade) da Polícia Civil.
Em causa, escreve o Globo, estão suspeitas de fraude de documentos.
A Vale informou através de comunicado que está a colaborar com as autoridades. "Referente aos mandados cumpridos nesta manhã, a Vale informa que está colaborando plenamente com as autoridades. A Vale permanecerá contribuindo com as investigações para a apuração dos fatos, juntamente com o apoio incondicional às famílias atingidas", diz a empresa.
A lama proveniente da rutura da barragem varreu a comunidade local e parte do centro administrativo da empresa mineira Vale, destruindo o refeitório onde se encontrava uma parte dos funcionários.
Segundo o balanço mais recente, 65 pessoas morreram (31 das quais já identificadas), havendo ainda 279 desaparecidos, 192 pessoas resgatadas, 386 localizadas e 135 desabrigadas.
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