“Viemos lembrar o mundo que os acontecimentos do dia 07 de outubro [ataque do Hamas contra Israel que vitimou centenas de civis] começaram há muitos anos”, disse esta palestiniana, residente em Portugal há 17 anos, sublinhando que a vila de onde é originária “foi ocupada e apagada do mapa há 45 anos e há décadas que a Palestina é uma prisão a céu aberto”.
“Nós não apoiamos a ideologia do Hamas, mas apoiamos a resistência palestiniana, que está a ser liderada pelo Hamas”, fez ainda questão de sublinhar.
Entre as dezenas de manifestantes que se juntaram ao final da tarde no Largo Camões em Lisboa, vários trouxeram bandeiras palestinianas e cartazes em que podia ler-se “abaixo o apartheid”, ou palavras de ordem em inglês como “resistência não é terrorismo” e “libertem a Palestina imediatamente”.
Atualmente, Israel, os Estados Unidos — o seu principal aliado — e a União Europeia consideram o Hamas uma organização terrorista.
O Hamas lançou no sábado um ataque surpresa contra o território israelita, sob o nome de operação “Tempestade al-Aqsa”, com o lançamento de milhares de foguetes e a incursão de milicianos armados por terra, mar e ar.
Em resposta ao ataque surpresa, Israel bombardeou a partir do ar várias instalações do Hamas na Faixa de Gaza, numa operação que baptizou como “Espadas de Ferro”.
O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, declarou que Israel está “em guerra” com o Hamas.
O mais recente balanço do Ministério da Saúde palestiniano registava pelo menos 560 mortos devido aos ataques aéreos israelitas em Gaza — incluindo dezenas de menores e mulheres — o que elevava para mais de 1.250 o total de mortes nos dois lados na sequência dos confrontos armados iniciados no sábado.
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