“Não está provado que seja eficaz utilizar desinfetantes em grandes superfícies, como ruas, mas pelo contrário não terá grande eficácia sob o vírus. Aliás, numa grande superfície, como estradas, ruas ou passeios, a probabilidade de lá existir este tipo de vírus é pequena, dado o tipo de transmissão que, teria, de passar de uma pessoa infetada para o solo”, afirmou Graça Freitas, na conferência de imprensa relativa à pandemia da covid-19.
E, como alguns produtos que são utilizados podem ter efeitos negativos não só no ambiente, mas na saúde das pessoas, a DGS não recomenda a sua utilização, vincou.
Contudo, algo diferente, frisou, são as medidas de limpezas habituais das câmaras com os métodos habituais.
“Contra a higienização da via pública não temos nada contra”, realçou.
Além disso, Graça Freitas explicou que a desinfeção de superfícies, como mesas, armários ou equipamentos, onde o vírus possa existir em grandes quantidades é indicada e não tem efeitos contraindicados.
Pulverizar ou fumigar desinfetante nas ruas, como alguns países estão a fazer para combater a pandemia de covid-19, não elimina o vírus e coloca riscos sanitários, advertiu a Organização Mundial de Saúde (OMS), no sábado.
“A pulverização ou fumigação de espaços exteriores, como ruas ou mercados, não é recomendada para destruir o novo coronavírus ou outros agentes patogénicos porque é inativada pela sujidade”, explica a OMS num documento sobre a limpeza e desinfeção das superfícies no quadro do combate à pandemia.
A OMS acrescenta que “mesmo em caso de ausência de matérias orgânicas, é pouco provável que a pulverização química cubra corretamente todas as superfícies durante o tempo de contacto necessário para inativar os agentes patogénicos”.
Portugal contabiliza 1.218 mortos associados à covid-19 em 29.036 casos confirmados de infeção, segundo o último boletim diário da Direção-Geral da Saúde (DGS) sobre a pandemia.
Relativamente ao dia anterior, há mais 15 mortos (+1,2%) e mais 226 casos de infeção (+0,8%).
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