“As administrações regionais de saúde, sobretudo aquelas que sabem que vão ter maior pressão, têm planos de contingência preparados para expandir a oferta em função da procura”, afirmou hoje Graça Freitas, considerando que o sistema de saúde está preparado para responder às “solicitações próprias do verão”.
Admitindo que, “se num determinado dia se juntarem muitas condições adversas” os sistemas de saúde das regiões envolvidas poderão ter “tempos de espera mais prolongados”, a diretora-geral da Saúde assegurou que as administrações regionais de saúde, os centros de saúde e os hospitais “tem um plano de expansão de recursos e de adequação ao verão”.
Na Nazaré, onde hoje fez a apresentação do plano “Saúde Sazonal Verão Seguro”, Graça Freitas sublinhou a importância da “monitorização, prevenção e comunicação” como os três eixos fundamentais do plano que entrou em vigor a 1 de maio e que se prolongará até ao final de setembro.
O plano que visa a aplicação de medidas, sobretudo preventivas e de minimização dos riscos associados à sazonalidade assenta em parcerias com entidades como o IPMA (Instituto Português do Mar e da Atmosfera), entidades ligadas à proteção civil e autarquias.
O plano assenta em “medidas concretas desenvolvidas localmente”, como a climatização de locais de saúde, segurança nas praias e outras, mas sobretudo, “na sensibilização da população e daqueles que nos visitam para evitar comportamentos de risco e adotar um estilo de vida saudável, explicou Graça Freitas.
A apresentação do plano foi presidida pelo secretário de Estado e adjunto da Saúde, Fernando Araújo, que à margem da cerimónia disse à Lusa estar “confiante” de que “com o trabalho que foi feito com todos os centros de saúde haverá, seguramente, uma resposta adequada para as pessoas que venham usufruir do sol e deste clima”.
Sem precisar o reforço de meios que irá ser acionado este verão, o governante admitiu ajustes “quer em termos de horários dos cuidados de saúde primários, quer em termos de profissionais” e disse que o Governo irá “tentar ajustar os meios para que os potenciais casos que possam existir tenham realmente uma resposta adequada”.
A DGS promove, desde 2004, Planos de Contingência com o objetivo de minimizar os potenciais efeitos do calor intenso na saúde da população.
Desde 2017, adotou-se modelo baseado nos efeitos de fatores ambientais na saúde (indicadores da procura dos serviços, de morbilidade e de mortalidade), atualmente disponíveis em tempo real.
O Plano de Contingência Saúde Sazonal (módulos de inverno e de verão) reforça a necessidade de todos os serviços e estabelecimentos do Serviço Nacional de Saúde (SNS) implementarem planos de contingência de nível local e regional, valorizando-se a intervenção, comunicação e monitorização contínuas, ao longo do ano, adaptando-as à sazonalidade e às suas especificidades.
O Plano de Contingência Módulo Verão detém orientações estratégicas para comunicar o risco e a gestão desse risco à população e aos parceiros do setor da saúde, bem como, capacitar os cidadãos para a sua proteção individual e a prontidão dos serviços de saúde para a resposta ao aumento da procura ou a uma procura diferente da esperada.
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