"Para nós, colheu-nos de surpresa e com muita dor, era um parceiro estratégico para a paz e estabilidade no país", afirmou o porta-voz da Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo), Caifadine Manasse, em declarações ao canal privado STV.
Caifadine Manasse assinalou o empenho de Afonso Dhlakama no alcance com o Presidente moçambicano, Filipe Nyusi, de um entendimento para uma proposta de revisão pontual da Constituição da República sobre o aprofundamento da descentralização do país.
"Tudo indicava que ele estava a percorrer um caminho para a paz", acrescentou Caifadine Manasse, pedindo serenidade e compromisso com a paz aos membros da Renamo.
"A Renamo vai-se reorganizar, eles têm interesse em ver esta paz", enfatizou.
A morte do líder da oposição em Moçambique foi confirmada por fonte partidária à Lusa ao princípio da noite, pelas 19:30 (menos uma hora em Lisboa), em Maputo.
António Muchanga, dirigente da Renamo e ex-porta-voz, disse ter recebido uma primeira informação pelas 16:00, mas sem detalhes sobre as circunstâncias da morte.
Dhlakama vivia refugiado na serra da Gorongosa, no centro do país, desde 2016, tal como já o havia feito noutras ocasiões, quando se reacendiam os confrontos entre a Renamo e as forças de defesa e segurança de Moçambique.
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