Dados do Eurostat revelam que Portugal foi o país da União Europeia em que o fosso salarial entre homens e mulheres mais cresceu entre 2011 e 2016 (4,6%).
Para assinalar a efeméride, a base de dados estatísticos Pordata destacou treze factos sobre homens e mulheres de Portugal no panorama europeu, entre os quais a escolaridade.
“No âmbito da UE-28, tanto os homens como as mulheres portuguesas ficam mal na fotografia da escolaridade”, referem os dados, sublinhando que, em 2016, 43% de homens e 50,5% de mulheres tinham pelo menos o ensino secundário.
No caso das mulheres, com exceção de Portugal e Malta, em todos os outros países, mais de 60% detém pelo menos o ensino secundário, sublinham os dados.
Nos vários países da UE, a taxa de emprego masculina é sempre superior à feminina. Contudo, há países onde essa diferença é menor, como a Suécia e Finlândia (abaixo de 7 pontos percentuais).
Em sentido oposto, as maiores diferenças são assinaladas em Malta, Itália, Roménia e República Checa (acima de 17 p.p), refere a Pordata, observando que Portugal, com uma diferença da taxa de emprego entre sexos na ordem dos 10 p.p, encontra-se mais próximo do primeiro grupo de países.
Os dados apontam também que, em 2016, Portugal, com 14% de mulheres empregadas a tempo parcial, ocupava o 17º lugar entre os países da UE, “muito distante” de países como a Holanda (77%), Áustria (48%) ou Alemanha (47%).
No caso dos homens, com 10% a trabalhar a tempo parcial, Portugal ocupava o 11º lugar, bem mais próximo dos países que lideram esta lista: Holanda (28%), Dinamarca (19%) e Suécia (15%).
As mulheres vão ser homenageadas em várias iniciativas, como lançamento de livros, palestras, conferências, que irão decorrer em todo o país.
No Estabelecimento Prisional de Tires vai ser lançado o livro “Mãos de esperança”, numa cerimónia promovida pela Direção Geral de Reinserção e Serviços Prisionais, que conta com a presença da ministra da Justiça, Francisca Van Dunem, e a procuradora-geral da República, Joana Marques Vidal.
O livro “Mãos de Esperança” é um projeto fotográfico da mestre Rosa Reis, que congrega 65 fotografias, os anos de vida da cadeia de Tires, que procuram retratar o quotidiano das reclusas através das “suas mãos, de gestos e de ambientes”.
Cinco investigadoras portuguesas e cinco deputados da comissão de Educação e Ciência vão estar à conversa com estudantes do Ensino Secundário dos Liceus Pedro Nunes e Passos Manuel na Academia das Ciências de Lisboa.
Promovida pela Ciência Viva e a Academia das Ciências de Lisboa, a iniciativa pretende homenagear as mulheres cientistas, que representam 45% do total de investigadores em Portugal.
No âmbito das comemorações do 8 de março e dos seus 50 anos, o Movimento Democrático de Mulheres lança o “Vida e Obra de Maria Lamas - atualizar o pensamento, abalar a indiferença”.
Em 1975, as Nações Unidas promoveram o Ano Internacional da Mulher e em 1977 proclamaram o dia 8 de março como o Dia Internacional da Mulher.
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