Em declarações à Agência Lusa a diretora-geral admitiu que possam haver nas próximas semanas “dias críticos”, mas acrescentou que os serviços estão preparados.
No dia em que iniciou formalmente funções como diretora-geral, cargo que já desempenhava com estatuto interino, Graça Freitas falou à Lusa a propósito do surto de gripe no país afirmando que nos próximos dias há dois fatores que podem aumentar o número de casos, o regresso às aulas, com as crianças a serem transmissor da doença, e a descida das temperaturas.
“O vírus dá-se bem com temperaturas baixas” e é por si só fator de fragilização, disse Graça Freitas, lembrando que em Portugal é usual atingir-se o pico da gripe em janeiro e que há planos de contingência a nível dos centros da saúde, das regiões e dos centros hospitalares.
Graça Freitas adiantou que houve uma grande adesão dos portugueses à vacinação contra a gripe, tendo sido este outono/inverno aquele em que se vacinaram mais pessoas.
“Portugal tem vindo a convergir para altos níveis de vacinação”, acentuou a diretora-geral da Saúde, acrescentando que na União Europeia é dos países com mais pessoas vacinadas contra a gripe, a par do Reino Unido, Irlanda e Holanda.
Graça Freitas explicou que a vacina da gripe distribuída este inverno contém três tipos de vírus, dois do tipo A e um do tipo B, e que na doença deste ano circulam vírus do tipo A e B, sendo o A o mais perigoso.
Segundo a responsável, para ao vírus do tipo A a eficácia da vacina é boa, “já não sendo tão boa para o tipo B”.
Graça Freitas frisou, no entanto, que a vacinação é importante porque mesmo que o vírus não seja concordante as pessoas serão afetadas pela gripe de forma menos grave.
A nova diretora-geral da Saúde, que já era subdiretora-geral desde 2005, assumiu interinamente o cargo após a saída de Francisco George em outubro de 2017. Num despacho publicado em Diário da República na sexta-feira Graça Freitas foi designada pelo ministro da Saúde como diretora-geral por um período de cinco anos, renovável por igual período.
Maria da Graça Gregório de Freitas é licenciada em medicina e tem a especialidade em saúde pública. Começou a exercer medicina faz hoje precisamente 37 anos, como recordou à Lusa.
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