Originalmente, duas das discotecas, incluindo aquela onde começou o incêndio e onde morreram as 13 vítimas confirmadas até agora, eram um único espaço que começou a funcionar no final do ano de 2008 com uma licença de “discoteca com restaurante”, disseram hoje os vereadores Andrés Guerrero e Antonio Navarro, numa conferência de imprensa.
A empresa dona das discotecas informou a autarquia de que pretendia dividir o espaço em dois em junho de 2019 e as autoridades concluíram que a licença que tinha desde 2008 deixava de ser válida.
Depois de um projeto da empresa, as autoridades negaram nova licença de funcionamento e desde janeiro de 2022 havia uma ordem de fecho dos espaços que nunca foi cumprida.
A empresa apresentou um projeto de legalização e um recurso em março de 2022, mas não havia ainda uma decisão das autoridades, pelo que as duas discotecas “funcionavam sem autorização desde a ordem de encerramento”, disse Antonio Navarro.
A câmara, segundo os dois vereadores, vai apresentar-se como acusação no processo judicial aberto por causa do incêndio de domingo e serão “apuradas todas as responsabilidades”.
No domingo, o presidente da Câmara de Murcia, José Ballesta, já tinha dito que “tudo será esclarecido até às últimas consequências, caia quem caia, seja público ou privado”.
As autoridades confirmaram hoje que pelo menos 13 pessoas morreram no incêndio, de diversas nacionalidades (Colômbia, Equador, Espanha e Nicarágua).
O incêndio começou por volta das 06:00 horas locais (05:00 em Lisboa) numa discoteca e alastrou a outras duas contíguas.
Desconhecem-se as causas do fogo e os bombeiros continuam com tarefas de busca entre os escombros, com as autoridades a admitirem a possibilidade do registo de mais uma vítima mortal, por haver um alerta em relação a uma pessoa desaparecida.
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