Sábado, na região romena da Transilvânia, onde vive uma importante minoria húngara, Orbán prometeu lutar contra as ideias federalistas na União Europeia e fez alusões irónicas e críticas às autoridades romenas.
Foi o ministro dos Negócios Estrangeiros da Hungria, Péter Szijjártó, que anunciou a convocação do embaixador húngaro em Bucareste.
Szijjártó comentou, na rede social Facebook, que a reunião no Ministério dos Negócios Estrangeiros romeno foi sossegada e cortês, reiterando o seu desejo de manter um ambiente de respeito mútuo na relação bilateral.
Orbán disse que o primeiro-ministro romeno, o social-democrata Marcel Ciolacu, que conheceu recentemente em Bucareste, já era o 20.º chefe de governo romeno que conhecia, desde que assumiu o poder em Budapeste, em 2010.
O primeiro-ministro húngaro, de formam irónica, acrescentou: “Talvez a Roménia funcione à 20.ª tentativa”.
Orban criticou o Ministério dos Negócios Estrangeiros romeno, por este lhe ter indicado por escrito os termos que não deveria abordar no seu discurso, como símbolos nacionais e direitos das minorias.
O discurso de Orban gerou mal-estar na Roménia, onde a imprensa e políticos de orientações diferentes consideraram que ridicularizou o governo romeno perante representantes da minoria húngara.
A presença de milhão e meio de cidadãos de ascendência húngara na Roménia, em especial na Transilvânia, tem dificultado as relações entre Budapeste e Bucareste, devido a diferenças sobre a proteção dos direitos culturais, linguísticos e políticos da minoria húngara.
A Eslováquia também convocou hoje o embaixador húngaro em Bratislava para protestar por outra passagem do mesmo discurso, em que Orbán qualifica este país como uma “região separada” do antigo reino húngaro.
Na Eslováquia vive uma minoria húngara com 460 mil pessoas, em particular na parte sul do país.
No domingo tinha sido o governo da República Checa a protestar por outras declarações de Orban, críticas da sua política europeia, que Praga qualificou de “absurda”.
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