
Netanyahu, habitualmente muito ativo nas redes sociais, não publicou nenhuma mensagem desde o anúncio da morte do Papa na segunda-feira.
O presidente Herzog foi um dos primeiros líderes do mundo a reagir na segunda-feira à morte do pontífice, elogiando "um homem de profunda fé e compaixão infinita".
Porém, Netanyahu e os seus principais Ministros não seguiram o exemplo. O Ministério dos Negócios Estrangeiros de Israel publicou uma mensagem no X com a frase "Que descanse em paz", mas rapidamente a apagou, informou a imprensa israelita.
O silêncio provocou incómodo entre os diplomatas israelitas em países de maioria católica, segundo o portal de notícias Ynet.
As relações entre a Santa Sé e Israel deterioraram-se após o ataque sem precedentes do Hamas em território israelita a 7 de outubro de 2023 e a posterior ofensiva israelense na Faixa de Gaza.
O Papa Francisco expressou reiteradas críticas à guerra em Gaza, o que irritou as autoridades israelenses. Na sua mensagem de Páscoa no domingo, voltou a denunciar a "dramática situação humanitária" nesse território.
"Israel não deve enviar um representante ao funeral do papa Francisco", publicou no X o ex-embaixador israelita em Itália Dror Eydar.
Num artigo publicado no jornal gratuito Israel Hayom, Eydar afirmou que o Papa "foi em grande parte responsável pelo aumento do antissemitismo no mundo desde o 7 de outubro".
O Ministério dos Negócios Estrangeiros de Israel confirmou esta quarta-feira à AFP que Israel estará representado no funeral pelo seu embaixador no Vaticano, Yaron Zeidman.
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