Em comunicado, o Ministério da Administração Interna (MAI) avança que a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) vai reforçar o dispositivo nestes cinco distritos devido às previsões do Instituto Português do Mar e da Atmosfera para as próximas 72 horas que apontam para tempo seco, aumento gradual dos valores de temperatura máxima e vento do quadrante Leste.

Segundo o Ministério tutelado por Eduardo Cabrita, as medidas preventivas envolvem também o reforço da presença e da capacidade de resposta dos operacionais da Força Especial de Proteção Civil da ANEPC, da Unidade de Emergência de Proteção e Socorro da GNR e do dispositivo operacional do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas através de pré-posicionamentos estratégicos nas regiões do Norte e Centro.

No comunicado, o MAI apela ainda aos cidadãos para que adotem comportamentos preventivos e que tenham particulares cuidados na realização de trabalhos nos espaços florestais, tendo em conta as previsões meteorológicas para os próximos dias, que apontam para o agravamento do risco de incêndio rural.

A ANEPC também emitiu um aviso à população devido à previsão de tempo seco para os próximos dias e ao aumento do risco de incêndio.

No comunicado, a Proteção Civil dá conta das medidas preventivas que a população deve ter face ao risco de incêndio rural, nomeadamente que a realização de queimadas extensivas só é permitida após autorização da autarquia local.

A ANEPC refere ainda que, para os locais onde o índice de risco temporal de incêndio seja de nível muito elevado ou superior, a queima de matos cortados e amontoados e qualquer tipo de sobrantes de exploração está também sujeita a autorização da autarquia local, devendo esta definir o acompanhamento necessário para a sua concretização, tendo em conta o risco do período e zona em causa.

Dados revelados hoje pela ANEPC à agência Lusa dão conta que que se registaram, entre 01 de janeiro e 25 de março, 1.227 incêndios e um total de 5.477 hectares de área ardida, valores muito superiores aos registados em igual período de 2020.

A Proteção Civil apenas refere que os números deste ano se “encontram acima dos valores ocorridos em 2020 para igual período”.

Comparando com os relatórios de incêndios rurais de 2020 do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF) concluiu-se que este ano os fogos mais do que duplicaram em relação a março de 2020 e a área ardida é quase sete vezes maior.

Entre janeiro e março de 2020 tinham ocorrido 528 incêndios, contra os 1.227 registados até 25 de março, e a área ardida situava-se nos 786 hectares, enquanto este ano já arderam 5.477 hectares.

Os dados da ANEPC enviados à Lusa indicam também que foi nos distritos de Vila Real (236), Braga (151) e Viseu (150) que ocorreram mais incêndios desde janeiro.

Segundo a Proteção Civil, este ano ocorreram dois incêndios considerados de “grande dimensão”, nos concelhos de Seia e Castro Daire.

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