Adalberto Campos Fernandes reagia às declarações do bastonário da Ordem dos Médicos, que disse duvidar da fiabilidade dos dados publicados sobre os tempos de espera nas urgências e apelou ao Ministério da Saúde para divulgar o tempo real de espera, ajudando os cidadãos a tomar decisões.

Questionado pelos jornalistas sobre estas afirmações, o ministro respondeu que desde que este Governo tomou posse, em novembro de 2015, foi criado em Portugal o maior sistema de transparência de fornecimento de dados em tempo real à população portuguesa, com partilha da informação para que os cidadãos saibam como os recursos são usados.

A divulgação dos tempos de espera nas urgências, sublinhou, foram uma novidade, e o Governo é contra a ideia “de trabalhar numa zona de opacidade ou de falta de informação”.

“Acho que deve haver alguma prudência e decoro quando, de uma forma muito fácil e sem se ter respeito pelo trabalho de quem faz as coisas, se lançam, para chamar a atenção, determinado tipo de insinuações sobre a seriedade dos processos”, disse o ministro no final de uma visita ao centro de contacto SNS 24, em Lisboa, juntamente com o primeiro-ministro, António Costa.

Se há melhorias a fazer, acrescentou, elas serão feitas, “mas os tempos de espera são um exercício de transparência e de responsabilidade do Estado perante os cidadãos”.

Em declarações à agência Lusa na sexta-feira, o bastonário Miguel Guimarães considerou que o portal do Serviço Nacional de Saúde (SNS) devia ter uma listagem de todos os centros de saúde abertos e dos seus horários de funcionamento nesta época, bem como informação sobre “o tempo real de espera” nas urgências dos hospitais.

“O Ministério da Saúde e a Direção-geral da Saúde deviam ter começado há muito tempo uma campanha de habituação relativamente ao recurso aos cuidados de saúde primários. Não o tendo feito, esta informação era importante para as pessoas tomarem decisões”, comentou.

Miguel Guimarães referiu que “o tempo [de espera] que está a ser divulgado não é muitas vezes coincidente com o que está a acontecer”.

“Não sei se o sistema não é devidamente atualizado ou se existe deficiência na transmissão dos dados. Mas tenho dúvidas sobre a fiabilidade dos dados. Tenho informações concretas de pessoas que estão nas urgências que contrariam os dados do portal do SNS”, contou.

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