O jovem de 18 anos que levou a maior pena já tinha sido condenado no passado a uma pena de prisão de cinco anos, suspensa na sua execução, por crimes de roubo e violação na forma tentada, em abril de 2021, e, noutro processo, que ainda não transitou em julgado, a uma pena efetiva de três anos e nove meses também por violação.
Este arguido foi condenado pela prática de quatro crimes de violação, quatro crimes de roubo, dois crimes de gravações e fotografias ilícitas (gravavam os crimes praticados) e um crime de pornografia de menores (nas buscas, encontraram filmes pornográficos que envolviam menores no seu telemóvel).
O outro arguido, de 20 anos e sem antecedentes, foi condenado a oito anos e seis meses de prisão pela prática dos mesmos crimes, com exceção da pornografia de menores, tendo sido aceite o pedido do Ministério Público de pena acessória de expulsão do país.
O coletivo do Tribunal de Coimbra deu como provados a maioria dos factos, com a exceção de um roubo, em que permaneceram dúvidas quanto à sua autoria.
“Não há palavras para descreverem o que os senhores fizeram. É demasiado grave. Criaram um grande alarme social em Coimbra e arredores”, afirmou a presidente do coletivo, no final da leitura do acórdão.
A juíza realçou que a situação do arguido mais novo “é mais complexa e grave”, face às condenações anteriores, sublinhando que “vai ter longos anos para permanecer no estabelecimento prisional e pensar naquilo que fez”.
Os dois arguidos, presos preventivamente, procuravam assaltar e violar mulheres, na margem esquerda do rio Mondego, no Parque Verde, em Coimbra, aproveitando locais pouco iluminados.
Num dos casos, terão abordado um casal que passeava no Choupalinho com recurso a uma navalha e uma luva impregnada com álcool para os atordoar.
Segundo a acusação a que a agência Lusa teve acesso, os dois arguidos terão ameaçado o namorado para não se mexer e violaram a sua companheira, filmando e tirando fotografias do ato.
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