“A Ucrânia deve sair vitoriosa deste conflito, é importante para a democracia na Ucrânia e também na Bielorrússia”, disse Alexievich, que nasceu no país do Mar Negro, mas passou a maior parte da sua vida na Bielorrússia.
A escritora e jornalista, que recebeu o Prémio Nobel em 2015, vive exilada na Alemanha desde 2020 devido à sua oposição ao governo de Alexander Lukashenko.
Müller chamou de “uma desculpa” ao argumento do governo alemão que o envio de armas para regiões em conflito apenas exacerba as tensões.
“O que fizemos na ex-Jugoslávia nos anos 90, com boas razões? Ajudámos militarmente. São precisamente os alemães com a sua história que devem ajudar a Ucrânia”, disse o escritor, que pertence à minoria étnica alemã da Roménia.
Com o anúncio de que o exército alemão enviará 5.000 capacetes para a Ucrânia após o insistente pedido de armas de Kiev, o governo do chanceler Olaf Scholz “está a fazer figura de parvo diante do mundo inteiro”, acrescentou Müller, que se questiona se Berlim enviaria então “caixões para os soldados caídos”.
A laureada com o Nobel também descreveu a afirmação da ministra dos Negócios Estrangeiros, Annalena Baerbock, de que, “quando se fala, não se dispara” como “tonta e maluca”, porque na sua opinião “fala-se sempre, mesmo quando se dispara”.
O chanceler Scholz deslocar-se-á a Washington este domingo para discutir a crise com o Presidente norte-americano, Joe Biden, e deverá encontrar-se com o seu homólogo russo Vladimir Putin em Moscovo, a 15 de fevereiro.
O governo alemão tem-se recusado até agora a enviar armas para a Ucrânia, embora, segundo o Governo, esteja a financiar a construção de um hospital militar e seja o maior doador mundial de ajuda económica a Kiev.
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