“Tinha intenção de ir (…). Está sempre previsto. Mas se o ‘shutdown’ continuar não irei”, declarou nos jardins da Casa Branca, numa altura em que as negociações orçamentais com os democratas estão num impasse.

Na quarta-feira, Trump abandonou uma reunião com os líderes do Congresso para negociar o orçamento e por fim à paralisação parcial dos serviços federais norte-americanos, continuando o impasse que dura há 19 dias.

O presidente exige 5,7 mil milhões de dólares (4,9 mil milhões de euros) para um muro na fronteira com o México, visando travar a imigração ilegal. Os democratas recusam desbloquear os fundos para o projeto, que consideram “imoral” e ineficaz.

O "shutdown" do governo deixou 380 mil funcionários federais sem emprego e 420 mil a trabalhar sem serem pagos.

Trump admitiu hoje mais uma vez a possibilidade de declarar emergência nacional para ativar poderes extraordinários se não conseguir chegar a acordo com os democratas.

“Temos de conseguir uma vitória… ou declararei emergência nacional”, disse o presidente aos jornalistas antes de partir para o Texas, onde se encontrará com representantes das forças de segurança e participará numa mesa-redonda sobre a segurança nas fronteiras.

Até agora o “shutdown” mais longo da história foi de 21 dias, entre o final de 1995 e início de 1996, durante a presidência de Bill Clinton.