A explosão, perto de um dos lugares mais movimentados do mundo, ocorreu na hora de ponta, às 07:20 horas locais (12:20 em Lisboa), num túnel que liga dois centros-chave de transporte de Nova Iorque, a Times Square e o terminal de autocarros de Port Authority, perto da rua 42 e da 8.ª avenida.
O autarca de Nova Iorque, Bill de Blasio, descreveu o atentado, que causou três feridos ligeiros, como uma “tentativa de ataque terrorista”.
O único suspeito, um homem de 27 anos identificado como Akayed Ullah, foi rapidamente detido, estando ferido e queimado no abdômen.
O suspeito carregava, agarrado ao seu corpo com bandas de velcro, “um dispositivo explosivo rudimentar”, disse o chefe de polícia, James O’Neill.
A bomba explodiu parcialmente, o que explica não haver mais vítimas, disse o governador do Estado de Nova Iorque, Andrew Cuomo.
“Graças a Deus, ele não alcançou os seus objetivos”, disse ainda De Blasio.
Embora a polícia não tenha dito nada sobre os motivos do suspeito, até ao momento, a pista ‘jihadista’ foi a mais levantada na tarde de hoje.
O suspeito foi “influenciado” pelos grupos ‘jihadistas’ e a sua propaganda na internet, disse Cuomo.
Vários meios de comunicação, incluindo o New York Times e o New York Post, informaram que Akayed Ullah disse à polícia que se inspirou no Estado Islâmico para realizar o ataque.
O homem teria atacado esta passagem subterrânea por ter muitos cartazes relacionados com o Natal, o que lembraria os ataques ao mercado de Natal na Alemanha reivindicado pelo Estado Islâmico.
Também queria vingar-se dos ataques norte-americanos contra o grupo extremista na Síria e em outros lugares.
Este novo ataque realizado por um imigrante, depois do ataque de um uzbeque com um camião, fez oito mortos e 12 feridos em Manhattan a 31 de outubro, o que levou Donald Trump a exigir novas restrições sobre a política de migração dos Estados Unidos.
“A tentativa de assassinato em Nova Iorque hoje – o segundo ataque terrorista na cidade em dois meses – ilustra novamente a necessidade urgente de o Congresso aprovar reformas legislativas para proteger os americanos”, disse Donald Trump, que já proibiu a entrada nos Estados Unidos para os nacionais de sete países, sobretudo países muçulmanos.
“O Congresso deve pôr fim à migração em cadeia”, disse o Presidente, referindo-se ao visto de reunificação familiar que permitiu a Ullah chegar aos Estados Unidos.
A explosão desencadeou momentos de pânico no subúrbio, quando “todos começaram a correr”, de acordo com testemunhas citadas por The New York Times.
A estação de autocarros e os seus arredores foram, no entanto, evacuados sem pânico, de acordo com um fotógrafo da agência de notícias francesa AFP.
Donald Trump reafirmou hoje a sua opinião de que os autores de atos terroristas merecem “as penas mais pesadas”, inclusive a pena de morte em alguns casos.
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