“Acho que o Presidente Obama está por detrás disso porque os seus seguidores estão por detrás disso", disse Trump, numa entrevista a um programa da estação Fox News que foi transmitida hoje, no mesmo dia em que o chefe de Estado profere o seu primeiro discurso numa sessão conjunta do Congresso norte-americano.

“Penso que ele está por detrás disso, mas também penso que é só política”, referiu.

E prosseguiu: "Algumas das fugas de informação vieram possivelmente desse grupo [de seguidores] e alguns são muito sérios, porque são questões de segurança nacional".

Trump não apresentou quaisquer provas do alegado envolvimento de Obama, tanto nos protestos como nas fugas de informação para a comunicação social.

O ex-Presidente Obama não comentou, até ao momento, estas declarações de Trump.

Na entrevista, Trump também falou, entre outros assuntos, sobre os seus planos para o orçamento federal.

Na segunda-feira, a Casa Branca fez saber que o Presidente norte-americano quer aumentar em cerca de 9% as despesas militares, em 54 mil milhões de dólares (mais de 50 mil milhões de euros).

Esta é uma das medidas que consta na proposta de orçamento para o ano fiscal de 2018 da administração de Donald Trump, que assumiu funções em meados de janeiro.

A mesma fonte indicou que todos os Departamentos (o equivalente aos Ministérios), exceto aqueles que estão relacionados com a área da segurança, irão sofrer uma redução nos respetivos orçamentos e informou que está prevista uma "redução significativa" da ajuda internacional.

O aumento das despesas militares será compensado por uma redução semelhante nas despesas não-militares.

Citado pela estação pública britânica BBC, um alto funcionário da Casa Branca disse que o discurso que o Presidente vai fazer hoje no Congresso irá falar sobre uma "renovação do espírito americano", oferecendo uma "visão otimista” para o país.

Para assistir ao discurso, que irá acontecer já na madrugada de quarta-feira em Lisboa, Trump convidou familiares de pessoas que foram mortas por imigrantes ilegais.