Dos 1.151 ventiladores adquiridos pelo Ministério da Saúde à China, só 264 é que chegaram a território nacional. No total, Portugal recebeu apenas 23% dos aparelhos encomendados para poder dar resposta aos doentes mais críticos infetados com Covid-19.

A notícia é avançada pelo Correio da Manhã que cita dados da tutela, revelando que dos 887 ventiladores que faltam chegar, 443 estão na embaixada portuguesa em Pequim e os restantes 444 ainda não foram sequer entregues pelos fornecedores.

O mesmo jornal explica que o problema decorre de falhas nos testes aos aparelhos que se revelaram pouco eficazes. “Alguns ventiladores, embora tenham passado nos testes do Serviço de Utilização Comum dos Hospitais e do Instituto de Soldadura e Qualidade, apresentaram várias falhas nos testes realizados pela Comissão de Acompanhamento de Medicina Intensiva, que acabou por recomendar que não sejam utilizados”, disse fonte do Ministério da Saúde ao CM.

Se formos a contas, estão retidos na China 16,1 milhões de euros, de acordo com o jornal, de um investimento total de 20,9 milhões de euros na compra de ventiladores.

O Correio da Manhã diz que o governo irá fretar voos para trazer os equipamentos que já se encontram na embaixada, sendo que não existe uma data prevista para tal acontecer.

A última encomenda, de 60 ventiladores, chegou a Portugal a 24 de maio, dia em que a ministra da Saúde Marta Temido afirmou que o Estado não iria adquirir mais equipamentos para além daqueles que já foram encomendados, apostando também na produção nacional dos aparelhos.

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