“Os ‘drones’ [aparelhos aéreos não tripulados] que na noite de 01 de agosto tentaram atacar Moscovo e a região de Moscovo voaram desde território da Ucrânia”, disse o responsável, que falou sob anonimato à agência noticiosa.

Esta informação foi igualmente confirmada por uma fonte dos serviços de emergência, o que significa que os ‘drones’ terão percorrido pelo menos 500 quilómetros do espaço aéreo russo, a distância mínima entre a capital russa e a fronteira com a Ucrânia.

O deputado e líder do ultranacionalista Partido Liberal Democrático da Rússia (LDPR), Leonid Slutski, tinha declarado que os ‘drones’ tinham sido lançados a partir do território russo.

“É evidente que os ‘drones’ são lançados por uma rede de agentes que atua no nosso território”, disse o deputado, presidente do Comité de assuntos internacionais da Duma estatal, a câmara baixa do parlamento russo.

Leonid Slutski mostrou-se confiante de que a resposta do Ministério da Defesa russo à Ucrânia não se fará esperar.

“Chegou a hora de arrasar com fogo os centros de tomada de decisões para queimar esse lixo nazi de uma vez por todas”, sublinhou o deputado russo.

No ataque de hoje, que não provocou vítimas, um ‘drone’ colidiu contra a fachada em vidro do 21.º andar de um dos arranha-céus situados no moderno centro financeiro de Moscovo, informou o presidente da câmara da capital, Serguei Sobianin.

Os factos hoje relatados ocorreram na mesma zona onde duas das torres do centro financeiro da capital russa foram atingidas no passado sábado num ataque similar.

Por sua vez, o Ministério da Defesa da Rússia comunicou que as forças de defesa antiaérea derrubaram dois ‘drones’ na região de Moscovo, incluindo no distrito de Naro-Fominsk onde se encontra estacionada a Divisão de infantaria motorizada nº 2, uma das unidades de elite do exército russo.

“Outro ‘drone’ foi inibido com meios de guerra eletrónica, perdeu o rumo e caiu na zona do complexo de edifícios de escritórios” no centro financeiro de Moscovo, acrescentou a mesma fonte.

A ofensiva militar russa no território ucraniano, lançada a 24 de fevereiro do ano passado, mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

A invasão russa — justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de “desnazificar” e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia – foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.