Em comunicado, a PSP refere que, durante desfile entre a Alameda e o Martim Moniz, "duas das manifestantes provocaram danos em diversos estabelecimentos comerciais, pintando as respetivas paredes e montras", sendo que "os danos referidos foram presenciados por polícias que acompanhavam a manifestação".
"Junto à Praça do Martim Moniz, as duas manifestantes, autoras dos danos, foram abordadas para se proceder às respetivas identificações. Os polícias que procediam à abordagem foram cercados e atacados, através de agressões físicas, com contacto direto, do arremesso de pedras e de garrafas de vidro, pelo que optaram por entrar num supermercado ali existente, para se protegerem e protegerem as duas manifestantes abordadas", é explicado.
A PSP afirma ainda que "outros manifestantes tentaram forçar a entrada no supermercado, pelo que foi necessário o uso da força e meios coercivos de baixa potencialidade letal, bem como mobilização de reforços policiais para conter as agressões em curso".
"Com a chegada dos reforços policiais os manifestantes foram afastados do supermercado, onde foi criado um perímetro de segurança", é acrescentado.
Todavia, "por se tratar de um crime semipúblico e não ter sido possível obter, em tempo útil, a queixa dos proprietários dos edifícios danificados, as duas autoras dos danos foram identificadas, não se tendo procedido à sua detenção".
"Os factos serão comunicados à autoridade judiciária competente, nos termos da Lei", adianta também a PSP.
A PSP frisa ainda que, "na sequência das desordens, um dos polícias foi ferido na face" e "um outro polícia [ficou] com diversas dores nos membros", já que foram "atingidos por garrafas". As autoridades dão ainda conta de "dois motociclos e duas viaturas policiais" com danos.
A RTP tinha avançado esta tarde que que foram detidas duas jovens — um portuguesa e uma italiana — em Lisboa, no final da manifestação, após a polícia ter sido obrigada a carregar sobre os manifestantes.
Manifestantes no local referiram que "a polícia começou a agir com violência" e que "as raparigas não fizeram nada para ser detidas".
Milhares de pessoas estiveram hoje nas ruas de Lisboa, Porto, Braga, Aveiro, Coimbra e Viseu para se manifestar contra as condições de habitação no país.
(Notícia atualizada às 22h38)
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