Os dois detidos passariam à ação de forma iminente, indicou uma das fontes, citada pela AFP. Os homens foram detidos pelos serviços de inteligência franceses no âmbito de uma investigação por associação terrorista, acrescentaram as fontes referidas pela agência de informação.

As detenções foram realizadas entre as 10h00 e as 11h00 (hora local), detalha o jornal francês Le Monde.

"Estes dois homens radicalizados, nascidos a 1987 e 1993, de nacionalidade francesa, pretendiam cometer no muito curto prazo - e o que quero dizer com isto é que seria nos próximos dias - a um ataque em território francês", disse o ministro do Interior Matthias Fekl em conferência de imprensa, citado pela Reuters.

As investigações sobre este caso prosseguem e a segurança dos candidatos presidenciais foi reforçada.

Escreve a AFP numa breve nota que vários dos candidatos às presidenciais francesas dizem ter recebido uma ameaça de atentado.

Tudo o que posso dizer é que os nossos serviços trabalharam de forma notória para travar dias pessoas que vão agora enfrentar a a justiça e as autoridades, de forma a que se fique a saber quais eram as suas intenções. É uma detenção notável", disse o presidente François Hollande, citado pelo Le Parisien.

Refere ainda a publicação que durante as buscas levadas a cabo esta terça-feira foram encontradas armas e explosivos em grande quantidade num apartamento em Marselha.

A primeira volta das eleições presidenciais francesas realiza-se a 23 de abril. Os principais candidatos são François Fillon (Partido Os Republicanos, direita conservadora), Benoît Hamon (Partido Socialista, centro-esquerda), Emmanuel Macron (movimento Em Marcha!, liberal independente), Jean-Luc Mélenchon (Frente de Esquerda, representa os comunistas e parte da extrema-esquerda), Marine Le Pen (Frente Nacional, extrema-direita). A segunda volta - caso nenhum dos candidatos consiga mais de 50% dos votos no primeiro turno - acontece a 7 de maio.