“Tendo por base a nossa análise, a economia norte-americana já perdeu 3,6 mil milhões de dólares até sexta-feira [hoje]”, disse, em comunicado, a S&P.
De acordo com a agência, dentro de duas semanas, esta paralisação, que dura há 21 dias, vai custar aos Estados Unidos mais do que os 4,9 mil milhões de euros (5,7 mil milhões de dólares) que a Casa Branca exigiu para construir um muro na fronteira com o México, a principal razão de discórdia entre o Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o Congresso.
Donald Trump defende que o muro visa travar a imigração ilegal enquanto os democratas recusam desbloquear fundos para o projeto, que consideram “imoral” e ineficaz.
“O impacto de uma paralisação tem custos económicos diretos e indiretos. Os custos indiretos incluem o cancelamento [de deslocações] a parques nacionais, museus e monumentos que se encontram encerrados”, lê-se no documento.
A S&P alertou ainda que um ‘shutdown’ de curta duração “pode não alterar os planos de negócio”, mas se este se prolongar pode implicar a redução do número de trabalhadores.
“Enquanto alguns impactos indiretos podem ser recuperados quando” os serviços da administração federal forem abertos, os impactos diretos são irreparáveis, salientou.
“A perda de produtividade e de funcionários na atividade económica não será recuperada”, vincou.
Donald Trump aproximou-se na quinta-feira de declarar uma emergência nacional nos EUA, a propósito da disputa que mantém com os democratas sobre o financiamento da construção de um muro na fronteira com o México.
A pressão está a aumentar para procurar uma saída para o impasse, que já provocou o encerramento de vários serviços governamentais, deixando centenas de milhares de trabalhadores sem salário.
Até agora o ‘shutdown’ mais longo da história foi de 21 dias, entre o final de 1995 e início de 1996, durante a presidência de Bill Clinton.
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