Edmundo Pedro “é uma referência na luta pela liberdade e pela justiça social em Portugal”, afirmou hoje aos jornalistas Catarina Martins, que expressou as condolências, em nome do Bloco, ao PS e aos familiares do fundador do PS.
“Foi alguém que sofreu imenso, que teve um percurso de resistência pessoal que deve ser admirado por todos”, concluiu.
Edmundo Pedro, militante antifascista, fundador e dirigente histórico do PS, morreu no sábado, em Lisboa, aos 99 anos, e o velório realiza-se a partir das 17:00 de hoje, no Centro Cívico Edmundo Pedro, da Junta de Freguesia de Alvalade, em Lisboa.
Nascido em 08 de novembro de 1918, no Samouco, concelho de Alcochete, Setúbal, foi preso pela primeira vez aos 15 anos, por participar na organização da greve geral de 1934.
Aderiu ao PCP na década de 1930, onde conheceu Álvaro Cunhal, o líder histórico dos comunistas portugueses, e foi, com o seu pai, Gabriel, um dos primeiros presos políticos do Campo de Concentração do Tarrafal, em Cabo Verde, em 1936.
Afastou-se do PCP em 1945, e participou em vários movimentos armados, para tentar derrubar o regime.
Em 1973, foi um dos fundadores do Partido Socialista, ao lado de Mário Soares.
Após o 25 de Abril, tornou-se deputado e foi também presidente da RTP, em 1977 e 1978.
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