A ANMP, liderada por Manuel Machado, também presidente da Câmara de Coimbra, informou igualmente que se associou "ao luto nacional decretado para o dia de hoje" pelo Governo.
Eduardo Lourenço, que morreu na terça-feira, em Lisboa, foi "um interventor cívico singular, um conselheiro de Estado prestigiado, um dos pensadores mais proeminentes da língua portuguesa", salientou a ANMP em nota de imprensa enviada à agência Lusa, recordando também as várias distinções e condecorações com que o ensaísta foi distinguido ao longo da sua vida.
Professor, filósofo, escritor, crítico literário, ensaísta, interventor cívico, várias vezes galardoado e distinguido, Eduardo Lourenço foi um dos pensadores mais proeminentes da cultura portuguesa.
Eduardo Lourenço Faria nasceu em 23 de maio de 1923, em S. Pedro do Rio Seco, no concelho de Almeida, no distrito da Guarda.
Licenciado em Ciências Histórico-Filosóficas, na Universidade de Coimbra, em 1946, aí inicia o seu percurso, como assistente e como autor, com a publicação de "Heterodoxia" (1949).
Seguir-se-iam as funções de Leitor de Cultura Portuguesa, nas universidades de Hamburgo e Heidelberg, na Alemanha, em Montpellier, em França, e no Brasil, até se fixar na cidade francesa de Vence, em 1965, com atividade pedagógica nas principais universidades francesas.
Autor de mais de 40 títulos, possuiu desde sempre "um olhar inquietante sobre a realidade", como destacaram os seus pares.
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