Badr Abdelatty conversou com a AFP na véspera da Assembleia Geral da ONU, no momento em que se torna mais intensa a troca de disparos na fronteira entre Israel e o Líbano, o que aumenta o temor de propagação do conflito.
“Existe uma grande preocupação com a possibilidade de uma escalada que leve a uma guerra regional total”, disse o ministro, acrescentando que o aumento mais recente da violência “afeta negativamente” as negociações de cessar-fogo na Faixa de Gaza.
"Mas o Egito, juntamente com o Qatar e os Estados Unidos, tem a total determinação e o compromisso de prosseguir" com os esforços para obter um acordo que ponha fim à guerra, que já dura quase um ano, afirmou.
Qatar, Egito e Estados Unidos procuram há meses um acordo de cessar-fogo e a libertação dos reféns israelitas em poder do Hamas na Faixa de Gaza, o que, segundo os diplomatas, ajudaria a reduzir a tensão regional.
“Todas as componentes do acordo estão prontas”, disse Abdelatty. “O problema é a falta de vontade política do lado israelita.” Ele também responsabilizou o que chamou de "políticas provocativas" de Israel pela escalada dos combates com o Hezbollah, aliado do Hamas.
“Estamos a conversar com os nossos parceiros regionais e internacionais, incluindo os Estados Unidos, sobre a importância de trabalhar para deter a escalada e pôr fim às políticas unilaterais e provocativas de Israel", disse o egípcio. Uma conflagração regional “não interessa a nenhuma das partes".
Abdelatty reuniu-se nesta semana em Washington com autoridades dos Estados Unidos, entre elas o assessor da Casa Branca Amos Hochstein, que lidera os esforços para garantir uma trégua entre o Líbano e Israel.
Na última quarta-feira, o presidente egípcio, Abdel Fattah al-Sisi, prometeu dobrar os esforços para obter um cessar-fogo, durante conversas com o secretário de Estado americano, Antony Blinken.
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