“Ele [o Papa] quer atacar-nos porque nós protegemos as nossas fronteiras? Ele tem um muro à volta do Vaticano, não tem? (…) Não podemos ter um muro à volta dos Estados Unidos”, disse Tom Homan.

“Gostaria que ele se concentrasse na Igreja Católica e nos deixasse tratar das fronteiras”, acrescentou em declarações na Casa Branca (presidência), segundo a agência francesa AFP.

Homan, que é o principal conselheiro de Trump para as políticas de migração, reagia a críticas feitas hoje pelo chefe da Igreja Católica às deportações de migrantes ordenadas pelo novo Presidente dos Estados Unidos.

Associações que disponibilizam apoio a migrantes:

JRS Portugal — O gabinete jurídico "tem como objetivo assessorar juridicamente os utentes no seu processo de regularização, bem como emitir pareceres e orientações técnicas internas em matérias de Lei de Estrangeiros, Lei de Asilo e legislação acessória". Saiba mais aqui.

Renovar a Mouraria — Centrada na freguesia de Santa Maria Maior, em Lisboa, esta associação ajuda com os processos de regularização de quem "vive, trabalha, estuda ou tem filhos que estudam" naquela zona. Conheça o projeto aqui.

Lisbon Project — Este projeto tem como objetivo "construir uma comunidade que integra e capacita migrantes e refugiados". Nesse sentido, tem também disponível um gabinete de apoio jurídico. Fique a par de tudo aqui.

Mundo Feliz — Esta associação ajuda os imigrantes no processo de regularização em Portugal e também na procura de emprego, entre outros serviços. Saiba mais aqui.

Linha de Apoio ao Migrante — Esta linha "tem como principal objetivo responder de forma imediata às questões mais frequentes dos migrantes, disponibilizando telefonicamente toda a informação disponível na área das migrações e encaminhando as chamadas para os serviços competentes". Contactos: 808 257 257 / 218 106 191. Mais informações aqui.

Numa carta enviada aos bispos dos Estados Unidos, Francisco considerou que a deportação em massa de migrantes pela administração de Trump constitui “um atentado à dignidade” e que “vai terminar mal”.

Francisco afirma que as nações têm o direito de se defender e de manter as suas comunidades a salvo dos criminosos.

“Dito isto, o ato de deportar pessoas que, em muitos casos, deixaram a sua terra por razões de extrema pobreza, insegurança, exploração, perseguição ou grave deterioração do ambiente, prejudica a dignidade de muitos homens e mulheres, e de famílias inteiras, e coloca-os num estado de particular vulnerabilidade e indefesos”, escreveu.

A assessora de imprensa da Casa Branca, Karoline Leavitt, disse na semana passada que mais de 8.000 pessoas foram detidas em ações de aplicação da lei da imigração desde que Trump tomou posse em 20 de janeiro.

Algumas foram deportadas, outras estão em prisões federais, enquanto outras ainda estão detidas na Base Naval da Baía de Guantánamo, em Cuba, segundo as autoridades.