“Quando vamos para Porto Moniz, para o Seixal, não é só nas festas que temos de apostar, temos de apostar na fixação dos jovens e na taxa de natalidade”, defendeu o candidato.

Filipe Rebelo falava à agência Lusa no âmbito da ação de campanha que realizou hoje pela costa norte da ilha da Madeira, nomeadamente nos concelhos de Machico e de Santana.

Na volta por aquela zona da ilha, o cabeça de lista do PDR disse que ouviu “várias queixas das pessoas de que se esqueceram desta população”.

“Ao fim de semana têm visitantes, têm turistas, mas durante a semana foram esquecidos. Criámos as infraestruturas para quê?”, questionou o candidato, referindo-se aos acessos rodoviários que foram construídos nos últimos anos.

“Não podemos estar nas modas. Não podemos estar nas modas do betão. Temos de começar a olhar pela população. Temos a população envelhecida e cada vez estamos a perder mais pessoas”, acrescentou.

Num comunicado hoje divulgado, Filipe Rebelo defendeu a necessidade de se descentralizarem serviços como forma de fixar a população, sobretudo os jovens, nos seus concelhos de origem.

“A população precisa de encontrar alternativas profissionais nos concelhos mais rurais. Só assim se vão fixar e lá criar as suas famílias", afirmou.

Licenciado em Educação Física e Desporto pela Universidade da Madeira, Filipe Renato da Silva Rebelo, de 39 anos, é também vice-presidente do Comité Paralímpico de Portugal, presidente da Associação de Deficientes da Madeira desde 2008 e vice-presidente da Associação de Natação da região.

Está ligado ao PDR desde 2016 e, no seu percurso político, regista uma passagem pelo PSD, que diz ter durado “apenas um ano” por “preferir minorias a ser marionete”.

Nas últimas autárquicas, integrou a coligação Confiança (PS, BE, MPT e Nós, Cidadãos!), que elegeu o seu agora adversário político Paulo Cafôfo como presidente da Câmara do Funchal.

Foi Cafôfo que o escolheu para administrador da empresa municipal SocioHabita, cargo que ainda exerce.

As eleições legislativas regionais decorrem em 22 de setembro.

PDR, CHEGA, PNR, BE, PS, PAN, Aliança, Partido da Terra-MPT, PCTP/MRPP, PPD/PSD, Iniciativa Liberal, PTP, PURP, CDS-PP, CDU (PCP/PEV), JPP e RIR são as 17 candidaturas validadas para estas eleições, com um círculo único.

Nas regionais de 2015, os sociais-democratas seguraram a maioria absoluta - com que sempre governaram a Madeira - por um deputado, com 24 dos 47 parlamentares.