O ambiente na sede do PSD da Madeira é, cerca das 19:30, muito calmo e a divulgação da projeção da Universidade Católica/RTP, que dá entre 19 e 23 deputados, o que no limite superior deixa o partido a um parlamentar da maioria absoluta, foi recebida com muita cautela.

“Nós não pedimos a maioria absoluta, pedimos foi uma maioria expressiva e esperemos que ela no final da noite se confirme”, afirmou o responsável social-democrata.

No entender do atual presidente da Assembleia Legislativa Regional, a confiar na projeção, “há voto útil no PS, um cenário de bipolarização pura e dura, com alguns partidos com assento parlamentar” a deixarem de estar representados na Assembleia da Madeira.

Tranquada Gomes sublinhou que “a confirmar-se [a projeção] será mais uma vitória do PSD”, em que o parlamento madeirense “ficará sem muitos dos partidos pequenos”.

Contudo, sublinhou que este processo “ainda está no início”, embora evidencie que “o PSD mantém-se como o partido liderante na Região Autónoma da Madeira”.

“Esperamos que no fim da noite de hoje estejamos em condições de oferecer ao povo da Madeira e do Porto Santo uma solução estável de governo, porque consideramos que essa solução de estabilidade é fundamental para o futuro da Madeira e Porto Santo”, reforçou.

O responsável social-democrata madeirense reforçou que, neste momento, ainda “está tudo em aberto”.

Destacou ainda que a redução da taxa de abstenção, para entre os 41% e os 46%, segundo aquela projeção, mostra que “pela primeira vez há um aumento significativo de participação eleitoral”.

O PSD venceu hoje as eleições legislativas regionais na Madeira, com 37% a 41% dos votos, o que lhe retira a maioria absoluta no parlamento, segundo a projeção da RTP/Católica.

Com este resultado, o PSD elege entre 19 e 23 dos 47 deputados da assembleia regional.

De acordo com a projeção, o PS alcança 34% a 38% dos votos (17 a 21 deputados), o CDS-PP 5% a 7% (dois a três) e o JPP 3% a 5% (um a dois).

Segue-se a CDU (PCP/PEV), com 1% a 3% (zero a um deputado), o BE, também com 1% a 3% (zero a um), e o PAN, com 1% a 2% (sem deputados).

Em 2015, os resultados das legislativas regionais permitiram ao PSD manter, por um deputado, a maioria absoluta – com que sempre governaram a região -, ocupando 24 lugares na assembleia legislativa.

O atual parlamento é ainda composto por CDS (sete deputados), PS (cinco), JPP (cinco), CDU (dois), BE (dois), PTP (um) e um deputado independente/não inscrito.

Há quatro anos, a abstenção foi 50,42%.

PDR, CHEGA, PNR, BE, PS, PAN, Aliança, Partido da Terra-MPT, PCTP/MRPP, PPD/PSD, Iniciativa Liberal, PTP, PURP, CDS-PP, CDU (PCP/PEV), JPP e RIR são as 17 candidaturas validadas para as eleições de hoje, com um círculo único.