"A nossa posição de princípio é que, se de facto as portagens são motivo de afastamento das pessoas ou motivo que potenciem, no fundo, o despovoamento do territórios, entendemos que as portagens devem ser tendencialmente abolidas no sentido de fixar pessoas no território e tornar as regiões mais próximas, mais competitivas, mais visitáveis", afirmou André Silva, em Castelo Branco.
O líder do PAN, que falava aos jornalistas, após uma visita à Associação Portuguesa de Pais e Amigos do Cidadão Deficiente Mental (APPACDM) de Castelo Branco, realçou que há uma intenção do Governo em aumentar a atividade turística, atividade económica que considerou estar, e bem, extremamente valorizada no país.
"Penso que uma das formas de continuarmos a desenvolver essa atividade era conseguirmos que cada vez mais pessoas viessem para o interior. E esta seria uma das medidas [abolição de portagens] que poderia ajudar, no fundo, a desenvolver esta atividade nestas regiões, a par com outras (...)", sustentou.
A agricultura biológica foi outro dos caminhos que apontou para fixar pessoas no interior do país e para equilibrar a balança comercial de Portugal.
"Consideramos que temos que fazer várias transições urgentes, nomeadamente, também na forma como produzimos alimentos e, ao nível da agricultura biológica, são quase inexistentes os apoios, que são todos direcionados e drenados para uma política agrícola extremamente intensiva", frisou.
André Silva sublinhou que o PAN tem várias propostas de incentivo para quem se quiser estabelecer como produtor biológico e, com isso, "fazer essa transição mais saudável, mais sustentável e que ajuda, no fundo, a fixar pessoas no interior".
Sobre a visita à APPACDM de Castelo Branco, o porta-voz do PAN disse que fazem falta mais instituições do género e mais apoios.
"A existência de situações de deficiência é potenciadora de exclusão e, muitas vezes, de pobreza. É importante vir reconhecer o trabalho que o setor tem vindo a fazer, especialmente, esta instituição em Castelo Branco. É de facto importante que o Estado apoie este setor e as pessoas com deficiência, no sentido de combater as situações de exclusão e de pobreza e, acima de tudo, conseguir, nos casos em que isso é possível, garantir saídas profissionais, o que esta instituição tem conseguido fazer ao longo das décadas", afirmou.
André Silva realçou as preocupações do PAN nesta matéria, sobretudo ao nível das politicas de inclusão e de combate à deficiência, através de uma estratégia nacional para a vida independente e apoio ao Instituto Nacional de Reabilitação.
"É preciso garantir também mais tarde, no acesso ao ensino superior, reais condições de acesso a essas pessoas", defendeu.
Já sobre as expetativas do PAN para as eleições legislativas de dia 06 de outubro, o porta-voz do partido disse esperar que os portugueses continuem a confiar no PAN.
"Espero que percebam que é importante haver uma força no Parlamento que possa contrariar uma maioria absoluta, que possa contrariar uma visão única de governação e que o PAN é a única força politica que pode fazer avançar algumas causas, algumas medidas, porque sabemos que os outros partidos não as irão desenvolver não as irão priorizar", concluiu.
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