Bolieiro, presidente do PSD/Açores, falava hoje aos jornalistas após ter sido recebido, em Ponta Delgada, pelo ainda presidente do Governo Regional, o socialista Vasco Cordeiro.
Declarando ter uma "atitude pessoal e um comportamento institucional" que não passa pelo "ouvir dizer", o social-democrata escusou-se a adiantar se o futuro executivo será maior ou menor que o atual, garantindo somente uma "solução governativa suficiente e competente".
O representante da República no arquipélago, Pedro Catarino, indigitou no sábado o líder do PSD/Açores, José Manuel Bolieiro, presidente do Governo Regional, na sequência das eleições de 25 de outubro, justificando a decisão com o facto de a coligação PSD/CDS-PP/PPM (26 deputados) ter o apoio parlamentar do Chega (dois deputados) e do Iniciativa Liberal (um deputado), garantindo assim maioria absoluta no hemiciclo regional, com 29 dos 57 lugares.
O PS venceu as eleições legislativas regionais, no dia 25 de outubro, mas perdeu a maioria absoluta, que detinha há 20 anos, elegendo 25 deputados.
José Manuel Bolieiro deixou hoje, no Palácio de Santana, um "cumprimento amistoso e institucional" a Vasco Cordeiro, saudando o "convite honroso" do ainda presidente do executivo para uma reunião onde foram já abordados alguns temas mais prementes para a futura transição governativa.
A covid-19, reconheceu o social-democrata, é o tema mais "prioritário" no momento, e nesse sentido Vasco Cordeiro anunciou ter convidado um elemento da equipa de Bolieiro para acompanhar as decisões tomadas a propósito da pandemia enquanto o PS ainda estiver no poder.
O atual presidente do Governo dos Açores adiantou também ter dado indicações para os membros do executivo prepararem um "dossiê de passagem de assuntos" nas respetivas pastas.
"Assim que o dr. José Manuel Bolieiro entender conveniente estamos em condições de, em relação às personalidades indicadas por ele, fazer essa passagem de testemunho nos assuntos que dizem respeito ao Governo dos Açores", assinalou Vasco Cordeiro, no final de um encontro que demorou sensivelmente uma hora.
A instalação da Assembleia Legislativa está marcada para 16 de novembro.
Depois da tomada de posse, que deverá acontecer até final de novembro, o programa do executivo terá de ser entregue na Assembleia Legislativa em 10 dias.
[Atualizada às 14:14]
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