“O PAN está ao lado das associações ambientalistas, nomeadamente da associação Zero que já colocou uma providência cautelar, e esperamos que se o Governo teimosamente insistir em incumprir a lei, o tribunal nos dê razão ou dê razão ao movimento ambientalista e obrigue o Governo a cumprir a lei e a fazer a avaliação que é obrigatória”, disse André Silva.
Um dia depois de ter sido tornado público que a associação ambientalista Zero emitiu um parecer desfavorável ao Estudo de Impacte Ambiental (EIA) para o novo aeroporto no Montijo, o líder do PAN – Partido Pessoas-Animais-Natureza, que falava aos jornalistas na Maia, no distrito do Porto, frisou que “a extensão do aeroporto da Portela através do aproveitamento da base aérea do Montijo carece, por lei, de uma avaliação ambiental estratégica”.
André Silva acusou o Governo de estar “a fugir a uma avaliação que é uma obrigação legal” e exigiu “uma avaliação de maior calibre”.
“Não estão completamente estudados todos os impactos na reserva natural do Tejo. A mitigação dos impactos com aves não está completamente esclarecida também. Nem se sabe ainda qual o impacto no tráfego na ponte Vasco da Gama e vias adjacentes. E também não é claramente conhecido o impacto a longo prazo do ruído e da poluição naquelas zonas”, enumerou André Silva.
O porta-voz do PAN e deputado na Assembleia da República participou hoje numa ação de campanha no concelho da Maia ao lado de Bebiana Cunha, deputada municipal na Câmara do Porto, e de outros apoiantes do partido, tendo percorrido um eco-caminho de 1,7 quilómetros próximo do centro do concelho.
André Silva descreveu que, no dia em que fica marcado o fim da pré-campanha e o início da campanha oficial para as legislativas, quis estar no Porto, um distrito, disse, “muito importante para o PAN”.
“Já temos muitos representantes do PAN nas assembleias municipais do Norte, mas é importante conseguirmos eleger deputados do Norte para o país”, frisou.
O líder do PAN caminhou, ouviu as preocupações de moradores da zona como uma questão relacionada com um projeto que pode significar o abate de sobreiros antigos, e terminou a ação a reivindicar mais metro na Área Metropolitana do Porto (AMP).
“É fundamental retirar carros do interior das cidades. Temos de reforçar a construção de estruturas de apoio aos transportes públicos, alargar a linha da Maia até à Trofa e aumentar linhas em no Porto, mas também em Matosinhos, em Gondomar ou em Gaia. Mas como não conseguimos ter bocas de metro junto de todas as pessoas ou paragens de autocarro junto de todos os prédios, portanto é fundamental fazer vias de mobilidade suave”, disse André Silva.
Ao lado Bebiana Cunha, quando questionada pelos jornalistas sobre a questão antiga que a ambicionada linha de metro até à Trofa, referiu: “O único compromisso possível é que vamos lutar por ela”.
André Silva também aproveitou a oportunidade para defender a criação de zonas de estacionamento para bicicletas, bem como de mais eco-caminhos, sintetizando a ideia de que “é necessário alterar o atual paradigma da mobilidade”, isto depois de ter apreciado uma horta repleta de pimentos, feijão, alecrim, entre outros cultivos como couve galega, um dos legumes “preferidos” do líder do PAN, conforme confidenciou.
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